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Como destacar campanhas de mulheres nas eleições de 2026

  • Foto do escritor: João Pedro G. Reis
    João Pedro G. Reis
  • 11 de nov.
  • 9 min de leitura

Olá, eu sou João Pedro G. Reis, Diretor Executivo da Communicare. Ao longo dos meus anos acompanhando e estruturando campanhas no Brasil, vi muitos desafios e conquistas das mulheres na política. Com a proximidade das eleições de 2026, sinto ainda mais urgência de debater caminhos que tornem as campanhas femininas não só mais visíveis, mas realmente relevantes e impactantes nos mais diversos cenários. O objetivo deste artigo é compartilhar estratégias, dados atualizados, exemplos e reflexões práticas para que mulheres possam conquistar o protagonismo em suas campanhas eleitorais. Tudo alinhado à proposta da Communicare de oferecer conteúdo de qualidade e soluções de comunicação política com autoridade nacional.


Contextualizando o papel da mulher na política brasileira


É impossível falar em campanhas eleitorais femininas sem olhar para a realidade dos números. Os estudos divulgados pela Câmara dos Deputados mostram que, nas eleições municipais de 2024, as mulheres representaram apenas 17,92% dos eleitos – ainda longe da equidade, embora tenha havido aumento em relação aos 15,83% da eleição anterior. Se pensarmos nos cargos executivos, como mostra o Relatório Anual Socioeconômico da Mulher 2025, apenas 30,6% das candidatas a prefeita em 2024 foram eleitas, e 44% das que buscaram a reeleição conseguiram resultado positivo.

Essas estatísticas são relevantes porque mostram tanto avanços quanto o tamanho do desafio. O crescimento de candidaturas femininas ao cargo de vice-prefeita, segundo dados do TSE, subiu 21% entre 2016 e 2020, passando de 2.867 para 3.985 nomes. Mas, mesmo assim, a sub-representação persiste nos parlamentos, executivos municipais, estaduais e federais.

A presença feminina na política vai além das estatísticas. É transformação real.

Pessoalmente, vi como uma comunicação bem planejada pode inverter cenários adversos e catalisar mudanças profundas em campanhas de mulheres – especialmente quando conseguimos destacar identidades, causas e trajetórias autênticas.


Por que é difícil para mulheres ganharem visibilidade nas campanhas?


A resposta, na minha experiência, passa por obstáculos estruturais e culturais muito fortes. Mas quero pontuar alguns pontos que vejo com recorrência:

  • Financiamento desigual: Candidatas, em geral, enfrentam mais restrições de recursos do que homens.

  • Tempo de TV/rádio e espaço nas chapas: Comissões partidárias nem sempre asseguram lugares de destaque ou recursos iguais.

  • Preconceito explícito e implícito: Machismo, julgamentos superficiais e fake news aparecem frequentemente nas estratégias adversárias.

  • Menor presença em posições de decisão: Muitas vezes, as próprias campanhas são lideradas por equipes predominantemente masculinas.

Esses fatores se repetem independentemente do partido ou região. Porém, percebo que, ao aplicar ferramentas certas de comunicação e posicionamento, é possível virar esse jogo.


Primeiros passos para estruturar campanhas femininas de alto impacto


Na Communicare, sempre oriento as pré-candidatas e suas equipes a colocarem três pilares no centro da estratégia inicial:

  1. Mapeamento autêntico da identidade da candidata

  2. Conhecimento profundo do público-alvo e dos territórios eleitorais

  3. Planejamento de comunicação multicanal com foco em diferenciação

Vamos analisar cada um desses pilares com exemplos práticos e estratégias específicas.


Identidade e histórias de vida: o ponto de partida


Em toda eleição, candidatos tentam contar histórias. No caso das mulheres, vejo que a autenticidade tem poder enorme de engajamento. Não se trata só de exaltar o fato de ser mulher. É aprofundar causas, mostrar conquistas, desafiar estereótipos e humanizar as mensagens.

Quando trabalho briefing inicial, incentivo perguntas como:

  • Quais necessidades da sua cidade ou comunidade a sua história de vida já enfrentou e venceu?

  • Quais bandeiras fazem sentido para você além das “tradicionais” de gênero?

  • Por que sua candidatura é relevante para além do próprio universo feminino?

Já vi candidatas que eram reconhecidas pelo trabalho no serviço público ficarem mais competitivas quando passaram a defender melhorias em saúde usando episódios próprios. Outras, que vivenciaram preconceitos, conseguiram criar conexões ao compartilhar experiências reais e caminhos de superação, sempre sem vitimismo, focando soluções.


Construção de marca pessoal e posicionamento diferenciado


Identidade definida, chega a hora de modelar a marca política. Gosto de pensar neste processo como o de empresas que precisam se destacar em mercados saturados: sua imagem deve ser única, coerente e memorável.

Alguns elementos que sempre trabalho com as candidatas:

  • Padrão visual simples, moderno e com cores que transmitam força, acolhimento e seriedade.

  • Tom de voz firme, sem perder empatia e leveza.

  • Discursos e ações que conectem com diferentes públicos, homens inclusive.

  • Gestão de crises proativa, prevendo ataques de fake news e estratégias de desconstrução.

Aqui, destaco a importância dos serviços oferecidos pela Communicare, que possuem equipes experientes em marketing de guerrilha, campanhas digitais, storytelling político e campanhas de desconstrução, tudo feito de forma ética e assertiva.


A importância do microtargeting e das pesquisas para campanhas femininas


No universo das campanhas modernas, microtargeting significa direcionar mensagens específicas para segmentos diferentes do eleitorado. A mulher que busca votos em bairros conservadores pode alinhar parte do discurso à religiosidade, enquanto, em áreas centrais, pode incluir temas urbanos e tecnologia – sem contradição, apenas adaptando a comunicação.

Essa segmentação é possível graças às pesquisas de opinião e análise de dados, expertise que recomendo fortemente para campanhas femininas. Recentemente, um trabalho que executei combinando insights de pesquisas qualitativas e ferramentas digitais resultou em crescimento expressivo da base engajada em cidades do interior. Vi na prática que, quando uma candidata conhece as dores e desejos dos diferentes grupos sociais, ela conquista espaço onde parecia inimaginável.

Também sugiro que todas as equipes consultem estratégias de campanha eleitoral para 2026 e 2028 para aprofundar técnicas de segmentação e engajamento digital, um tema sempre atualizado pela Communicare.


Como gerar engajamento real: estratégias práticas para campanhas de mulheres


Se eu pudesse resumir em uma frase, diria: visibilidade vem quando estratégia encontra propósito. Por isso, gosto de pensar estratégias práticas sob quatro frentes:

  1. Conteúdo digital de valor

  2. Rodas de conversa e encontros presenciais

  3. Parcerias e mobilizações comunitárias

  4. Gestão de reputação e monitoramento


Conteúdo digital além do esperado


Não basta postar fotos bonitas ou frases feministas. O ideal é produzir vídeos curtos, entrevistas, depoimentos de pessoas reais, transmissões ao vivo e até podcasts. Tudo que amplie a voz da candidata, humanize o contato e dê abertura à interação. Vejo muita diferença quando uma candidata responde perguntas ao vivo, debate temas ásperos sem medo, compartilha conquistas e, principalmente, ouve críticas. Nessa linha, compartilho sempre com equipes as estratégias práticas de marketing político disponíveis no blog da Communicare.


Rodas de conversa e presença de verdade


Mesmo em tempos digitais, evento presencial é insubstituível. Encontros em sindicatos, praças, associações, comunidades religiosas e grupos de interesse específico abrem portas para ouvir demandas, reforçar propostas e personalizar ações. Mulher que faz campanha “de rua” de forma criativa, evitando só corpo a corpo tradicional, mas investindo em ativações, rodas de conversa e ações educativas, chega mais longe e constrói reputação a longo prazo.


Mobilização de apoio e fortalecimento de base


Tenho acompanhado candidatas que investem em squads de apoiadoras voluntárias. Esses grupos, quando bem estruturados, viralizam materiais, fiscalizam notícias falsas e replicam mensagens-chave em suas redes. A construção de uma base sólida e ativa faz toda a diferença, especialmente quando aliada a parceiros estratégicos (líderes locais, coletivos, micro influenciadores, conselhos profissionais, etc).


Gestão de reputação e combate à desinformação


Sabendo que ataques e fake news são frequentes contra mulheres, reforcei junto a muitas campanhas a adoção de monitoramento constante das redes, respostas rápidas e treinamento para reagir sem cair em armadilhas. A reputação online é defendida com informação e transparência, não só desmentindo, mas mostrando fatos concretos, relatórios, vídeos e depoimentos. O combate à desinformação deve ser previsto já no planejamento inicial.

Sempre oriento analisar casos anteriores, antecipar temas sensíveis e criar “kits” de respostas, algo que inclusive faz parte dos serviços de consultoria da Communicare para mandatos e campanhas digitais. Compartilho materiais e orientações com exemplos voltados para contextos sindicais, eleitorais e associativos diferentes, inclusive nas melhores estratégias para eleição sindical.


O papel da comunicação institucional para candidaturas femininas


Seja para quem concorre à prefeitura de uma capital ou à direção de um conselho regional, há um fator comum e pouco debatido: como usar comunicação institucional a favor da inclusão. A presença de mulheres nas entidades profissionais e associativas vem crescendo, ainda que lentamente. Por isso, nas orientações que dou, é importante saber separar papéis: a comunicação institucional exige respeito às regras, linguagem formal adequada, equilíbrio entre bandeiras e pautas coletivas.

Candidatas que compreendem essa diferenciação conseguem dialogar tanto com públicos internos quanto externos. Uma dica prática é adotar canais de comunicação institucional digital (informes, boletins, newsletters) e ao mesmo tempo manter perfis pessoais ativos, sempre delimitando a opinião individual e a institucional.

A força de uma candidata está no diálogo transparente entre pessoa, profissional e representante.

Para quem deseja aprofundar esse tema, recomendo o artigo do blog sobre estratégias digitais para campanhas eleitorais e materiais voltados à comunicação de mandatos e conselhos.


A força dos exemplos: experiências que inspiram


Na minha carreira, vi campanhas femininas se destacarem ao unir ousadia, verdade e comunicação inovadora. Compartilho três exemplos (fictícios, porém baseados em casos reais que já acompanhei):

  • Candidata do interior que uniu saúde e sustentabilidade: Mulher médica, já conhecida pelo trabalho local, gravou vídeos mostrando maternidade, plantio urbano e resultados de emendas. Além disso, envolveu jovens em mutirões e conseguiu viralizar projetos ambientais, superando a preferência histórica por candidatos homens.

  • Advogada em conselho profissional: Construiu campanha baseada no combate à violência de gênero e ética institucional. Utilizou podcasts semanais e programas curtos no YouTube para desmitificar processos jurídicos, atraindo advogadas e advogados jovens para sua base.

  • Liderança sindical jovem: Mulher de família operária, engajou fábricas com rodas de conversa, lives e “chorinho digital” (lives descontraídas) para debater conquistas femininas, salários e saúde mental. Ao unir tradição e novidade, pôde ganhar espaço e respeito até em setores resistentes.

Esses exemplos mostram que boa estratégia vence barreiras – e que a experiência da Communicare pode ser o diferencial, em conteúdo, planejamento ou suporte profissional.


Quais são os maiores erros e como evitar armadilhas?


Alguns erros se repetem em campanhas femininas, e costumo alertar clientes sobre eles:

  • Enfatizar a pauta de gênero de forma isolada e desconectada das demandas gerais do eleitorado.

  • Copiar modelos tradicionais, apagando a própria identidade.

  • Comunicação segmentada demais, afastando públicos gerais.

  • Deixar a gestão da campanha só nas mãos de outras pessoas, sem participação ativa da candidata.

O caminho passa por protagonismo, boa leitura de cenário e equipes preparadas. Aqui, o apoio consultivo faz toda diferença. Tenho visto que candidatas que buscam orientação profissional e constroem redes ativas de apoio se destacam e resistem melhor a pressões externas.


Dicas finais e recomendações para campanhas de mulheres em 2026


Vou concluir este guia prático reunindo algumas dicas que considero essenciais para quem deseja construir campanhas de mulheres realmente diferenciadas nas eleições de 2026:

  1. Invista na construção da imagem desde o pré-campanha, não só no período eleitoral.

  2. Capacite equipes para identificar, filtrar e rebater fake news com rapidez e transparência.

  3. Valorize redes de apoio feminino, mas sem deixar de incluir homens e outros grupos relevantes.

  4. Tenha presença ativa onde seu eleitor está: sindicatos, associações, igrejas, centros comunitários e redes sociais populares.

  5. Utilize ferramentas de análise de dados e invista em pesquisas para identificar potenciais alianças e ajustar o discurso.

  6. Mantenha a linguagem acessível, simples e direta. O “politicamente correto” nem sempre engaja, mas sinceridade sempre funciona.

  7. Prepare-se para debater temas sensíveis com serenidade e argumentos sólidos.


Conclusão


Ao longo deste artigo, compartilhei estratégias, exemplos e dados que mostram que destacar campanhas de mulheres nas eleições de 2026 é plenamente possível e necessário. Em todas as frentes, a atuação estratégica em comunicação política é uma aliada capaz de transformar realidades, ampliar vozes e conquistar mandatos.

Acredito fortemente que a participação feminina tem papel fundamental para fortalecer a democracia e trazer novas soluções para a sociedade. Por isso, coloco minha experiência e a estrutura da Communicare à disposição de todas as mulheres, equipes e lideranças que buscam resultados concretos e posicionamento de destaque em suas campanhas.

Se você quer saber mais sobre como podemos ajudar sua campanha, fortalecer o projeto ou tirar dúvidas sobre estratégias personalizadas, preencha o formulário no site da Communicare. Será um prazer analisar seu caso e encontrar, junto com você, soluções inteligentes, éticas e criativas para o sucesso em 2026.


Perguntas frequentes sobre campanhas de mulheres nas eleições



Como destacar campanhas de mulheres nas eleições?


Destacar campanhas de mulheres nas eleições exige planejamento estratégico, comunicação alinhada à identidade da candidata, uso de canais digitais, fortalecimento das redes de apoio e atuação transparente. Investir em pesquisas, criar conteúdos relevantes e adaptar o discurso para diferentes públicos são caminhos seguros para ampliar a visibilidade. Experiências que acompanhei mostram que ser autêntica e proativa no enfrentamento dos desafios potencializa o engajamento e os resultados. Além disso, o suporte de uma equipe profissional de comunicação, como a da Communicare, faz total diferença nesse contexto.


Quais são os melhores exemplos de campanhas?


Os melhores exemplos são campanhas que unem autenticidade, engajamento comunitário e inovação na comunicação. Vi casos de candidatas que trouxeram causos reais da sua trajetória, investiram em ações presenciais e digitais, e criaram redes de voluntárias ativas. Campanhas que diversificam as pautas, dialogam com diferentes públicos e enfrentam temas difíceis com coragem também se destacam. Recomendo sempre buscar inspiração em experiências diversas, adaptando à realidade de cada contexto.


Como apoiar mulheres candidatas em 2026?


Existem várias formas de apoiar: compartilhando materiais nas redes sociais, participando de eventos e rodas de conversa, integrando grupos de apoio voluntário, doando recursos e incentivando o debate qualificado. Atitudes simples como desmentir fake news, fiscalizar ataques injustos e ajudar a divulgar propostas reais valorizam a candidatura. Para equipes de campanha, buscar consultoria especializada e investir em comunicação estratégica são passos fundamentais.


Por que é importante eleger mais mulheres?


Ampliar a presença de mulheres nos espaços de poder significa oxigenar a democracia, incluir novas soluções e tornar o processo decisório mais representativo. As mulheres trazem experiências e perspectivas diferentes, que enriquecem debates e políticas públicas. Países com maior participação feminina em cargos eletivos costumam apresentar avanços em saúde, educação, equidade salarial e combate à violência. Por isso, estimular candidaturas femininas beneficia toda a sociedade.


Onde encontrar campanhas de mulheres em 2026?


É possível encontrar campanhas de mulheres em todas as esferas – municipais, estaduais, federais, sindicatos, conselhos e associações. Elas estão presentes em redes sociais, sites oficiais, eventos comunitários e plataformas digitais próprias. Muitas iniciativas sérias divulgam bancos de dados e mapas de candidaturas por região. No blog da Communicare, também publico conteúdos e exemplos de campanhas femininas de destaque, além de indicar estratégias personalizadas para ampliar a presença dessas mulheres nos diferentes espaços de disputa eleitoral.

 
 
 

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