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A importância da gestão de redes sociais para políticos em campanha

  • Carlos Junior
  • 14 de out.
  • 8 min de leitura

A dinâmica eleitoral brasileira mudou drasticamente nas últimas décadas, impulsionada pela ascensão das redes sociais. Hoje, estar presente nessas plataformas não é apenas um diferencial, mas sim um requisito. Defendemos, enquanto agência referência em comunicação política, que o cuidado com a gestão das redes sociais durante campanhas deve ser estratégico, autêntico e atento à construção de relacionamentos reais, não apenas uma exposição de promessas vazias.

“Relacionamento move votos, não autopromoção.”

Nessa jornada, cada gesto, publicação ou resposta pode aproximar o eleitorado ou afastá-lo de vez. Mas por que, afinal, gerir redes sociais transcende o simples ‘postar’? E como transformar seguidores em defensores de causa? É sobre isso que vamos conversar ao longo deste artigo.


O cenário das redes sociais nas campanhas brasileiras


Os números em torno do uso de redes sociais na política impressionam. Quando analisamos o universo eleitoral de 2024, 80,9% dos mais de 460 mil candidatos brasileiros declararam à Justiça Eleitoral suas contas digitais, com destaque absoluto para Instagram (49,1%) e Facebook (40,6%) (Artigo sobre o impacto das redes sociais nas eleições).

Ao olhar para o eleitorado, outra estatística impactante: 45% das pessoas afirmam que decidiram seu voto motivadas por conteúdos encontrados em redes sociais, sendo Facebook e WhatsApp os canais mais citados (pesquisa do DataSenado). Este dado reforça como ambientes digitais deixaram de ser acessórios e passaram a ser determinantes em estratégias de convencimento.


Redes sociais: autênticos canais de relacionamento


Por vezes, escutamos políticos se referindo às suas redes como meros repositórios de releases, promessas e fotos oficiais. Nós discordamos. Para nós, as redes sociais são pontes para conversas verdadeiras e duradouras, e precisam ser vistas como tal. Conteúdos precisam dialogar, ouvir e responder àquilo que o público espera de um representante. Quando enxergamos Instagram, Facebook, TikTok ou YouTube apenas como palanques, perdemos o principal: o sentimento de proximidade que inspira confiança.

  • Escuta ativa: Sempre que possível, ler comentários, analisar reações e identificar dúvidas recorrentes;

  • Respostas rápidas: Mostrar presença e simpatia ao responder mensagens e questionamentos;

  • Humanização: Publicar bastidores, desafios do dia a dia e posicionar o candidato como alguém acessível ao diálogo.

Em nossa experiência, a conexão cidadã nas redes sociais não nasce de discursos ensaiados, mas de trocas autênticas. A audiência reconhece quem apenas ‘discurso’ e quem realmente se compromete em ouvir.

“Ouvir importa mais do que dizer.”

Construir confiança com conteúdo relevante


Construir confiança não vem de prometer o paraíso, mas de abordar temas que façam sentido para quem acompanha o político. As postagens precisam seguir a pauta de causas e valores que já sustentam a trajetória do candidato – seja educação, saúde, infraestrutura ou qualquer outro compromisso público.

Tal estratégia evita o risco da superficialidade. Publicar apenas para manter a timeline aquecida é um erro. Se o conteúdo não agrega valor, fere a credibilidade. No lugar disso, sugerimos:

  • Conteúdos educativos: Explicações breves sobre projetos, leis e desafios do mandato;

  • Depoimentos: Relatos reais de cidadãos impactados por ações do político;

  • Demonstrações práticas: Vídeos mostrando visitas a regiões, reuniões e entregas;

  • Materiais visuais: Infográficos, fotos espontâneas e stories do cotidiano.

Uma história ilustrativa: acompanhamos uma candidata que, em vez de publicar apenas promessas, passou a responder semanalmente perguntas dos seguidores via stories. O engajamento explodiu.

“Vínculo é consequência da transparência.”

Público-alvo definido, estratégia ganha vida


Há quem queira estar em todas as plataformas digitais simultaneamente. Nós costumamos dizer: é melhor dominar poucos canais e dialogar com quem realmente importa. O primeiro passo é traçar o perfil do eleitorado: faixa etária, localização, interesses, segmentação microgeográfica ou até mesmo digital. Só depois escolher as redes certas.

Por exemplo, a pesquisa do DataSenado mostrou que o Facebook lidera na influência sobre o voto, com o WhatsApp logo atrás. Entre perfis mais jovens, o Instagram e o TikTok se destacam (estudo da FGV sobre campanhas políticas). Assim, o direcionamento do conteúdo e do formato pode variar:

  • Facebook: Mais denso, focado em notícias, vídeos explicativos e agenda;

  • Instagram: Imagens, stories e reels rápidos, bastidores do dia a dia;

  • TikTok: Conteúdo leve, divertido, vídeos curtos e desafios;

  • YouTube: Vídeos longos, entrevistas, debates e transmissão de eventos ao vivo.

Não basta apenas criar perfil – é preciso entender como funciona cada rede, suas linguagens e hábitos. Ajustar linguagem, formato e periodicidade faz toda diferença. Para avançar nesse planejamento, sugerimos a leitura de estratégias digitais para impactar eleitores na pré-campanha.


Formatos e frequência: presença ativa durante a campanha


Quantos posts fazer por semana? Qual o melhor horário? Não existe resposta padrão, mas uma máxima é universal: campanha é maratona, e rede social não aceita sumiço. Frequência reforça lembrança, gera engajamento e mantém a base informada, principalmente em períodos de disputa eleitoral.

  • Stories diários: Mostram bastidores, humanizam e mantém o público atualizado;

  • Publicações programadas: Mantém a agenda de conteúdo relevante, sem excesso;

  • Lives estratégicas: Aumentam o alcance, permitem perguntas em tempo real;

  • Enquetes e caixas de perguntas: Reforçam a sensação de diálogo e participação;

  • Variedade: Imagens, vídeos, GIFs, textos e trilhas sonoras para engajar públicos diferentes.

“Presença é sinônimo de relevância.”

Já reparou como conteúdos planejados e diversificados elevam rapidamente o índice de visualizações e compartilhamentos? Para compreender ainda mais profundamente como estruturar sua mensagem, sugerimos acessar nosso artigo sobre como construir uma narrativa impactante na pré-campanha.


A voz digital: autenticidade na comunicação


Existe um erro comum cometido por equipes: padronizar demais a comunicação, distanciando o político da sua própria essência. Nas redes sociais, a autenticidade é o que aproxima e fideliza. Os melhores resultados surgem quando o tom da mensagem publicada espelha o modo de falar do candidato – informal, direto, acolhedor ou técnico.

Autenticidade passa segurança. O eleitor percebe, sem muito esforço, quando um texto foi produzido para parecer “perfeito”, mas sem conexão real. Evitemos perder singularidade. A cada publicação, rever o que tem a ver com o político, com suas causas, valores, até seus erros e conquistas. O excesso de filtro desconecta.

E mais: estar atento às tendências de cada rede pode ser interessante, sim, mas jamais imitar posturas ou discursos que não representem aquilo que se defende. O público nas redes pede verdade, mais do que peças publicitárias rotineiras.

“Votei porque senti que era de verdade.”

Cuidado com fake news e a responsabilidade na comunicação


Por maior que seja a pressão por atualizar as redes sociais rapidamente, precisamos ter cautela redobrada. O fenômeno das fake news se intensificou e compromete o debate democrático. Uma publicação equivocada pode destruir reputações e encerrar candidaturas.

  • Conferir fontes antes de compartilhar notícias ou dados;

  • Exigir comprovações em casos de denúncias ou promessas;

  • Evitar “respostas de impulso” em momentos de críticas ou polêmicas;

  • Monitorar menções ao político e agir quando houver circulação de boatos.

Já vivenciamos situações em que uma verificação de fonte salvou campanhas de crises irreversíveis. Uma equipe alinhada, precavida e conectada ao universo informacional protege a imagem do candidato e estimula a credibilidade da campanha.


O valor do engajamento: político acessível gera simpatia


Não adianta colecionar seguidores se a distância com o eleitorado se mantém. O engajamento nasce do diálogo constante, dos comentários respondidos, das mensagens diretas tratadas com atenção e respeito. Político presente nas redes sociais aumenta exponencialmente as chances de criar “defensores” de sua causa. É nesse fluxo de conversa que nascem sugestões, apoio público e, claro, votos.

  • Responder dúvidas, elogios e críticas, sem rodeios;

  • Celebrar conquistas junto do eleitorado;

  • Pedir opiniões e mostrar que elas mudam decisões;

  • Valorizar histórias reais de seguidores na própria rede.

Se a estratégia digital não provoca esse sentimento de “estou sendo ouvido”, algo está desalinhado. Toda campanha de destaque parte do princípio do relacionamento, do acesso e da valorização recíproca.

Aliás, nas eleições brasileiras recentes, temos visto, como pesquisa influenciada pela campanha de Barack Obama em 2008, que a mobilização orgânica, inclusive pelas redes, quebra barreiras financeiras e amplia o alcance das mensagens. A proximidade digital nivelou o jogo.


Trabalho integrado: equipes e gestores de redes em sintonia


Por mais competente que seja um social media, o sucesso real só acontece se houver integração diária com a equipe política. Cada post precisa estar alinhado ao discurso oficial, ao calendário da campanha e ao perfil do político. Decisões devem ser tomadas em conjunto: redação, revisão, escolha de pautas sensíveis ou respostas a críticas públicas.

Para evitar deslizes, é recomendável:

  • Reuniões periódicas entre social media, assessores e o próprio candidato;

  • Definição prévia de posicionamentos e limites do diálogo online;

  • Cronograma compartilhado para publicações, com margem para emergências;

  • Monitoramento constante dos feedbacks e reações do público.

Esse tipo de sinergia minimiza ruídos de comunicação e potencializa resultados. Trata-se de uma engrenagem: quando todos colaboram, a campanha cresce e se solidifica nas redes.

Se você busca uma equipe para te ajudar a definir essas diretrizes, sugerimos conferir nosso guia completo de marketing eleitoral.


Rastreando resultados: mensuração, ajustes e melhoria contínua


Não existe estratégia digital imutável. As redes mudam, o público oscila, o algoritmo se transforma. Por isso, é imprescindível fazer acompanhamento constante dos resultados gerados por cada ação. Quem acertou ontem, pode não acertar amanhã se não monitorar os indicadores certos:

  • Alcance e impressões das postagens;

  • Engajamento (curtidas, comentários, compartilhamentos);

  • Crescimento e perfil dos seguidores;

  • Conversas relevantes nos grupos e mensagens privadas;

  • Feedbacks negativos e positivos.

Mudar a rota no meio da campanha não é sinal de fraqueza, e sim de inteligência tática.

“Ouvir os números é parte do diálogo.”

Planejamento é poder: erros comuns e lições práticas


Ao longo dos anos, acompanhamos muitos acertos – e também deslizes. Decidimos reunir abaixo os obstáculos mais comuns que os políticos costumam enfrentar durante a campanha nas redes:

  • Foco apenas na quantidade de postagens: Publicar em excesso, sem estratégia, cansa o público;

  • Desprezar comentários negativos: Deixar de responder críticas gera desgaste;

  • Uso de linguagem robotizada: Afasta o eleitor, mesmo que o conteúdo seja bom;

  • Compartilhar informações não verificadas: Pode arruinar reputações em segundos;

  • Ignorar a integração da equipe: Provoca incoerência de discursos;

  • Sumir depois do final da campanha: Postura oportunista desmotiva seguidores de longo prazo.

Por fim, quem se prepara com estratégia, valores e escuta, sempre larga na frente.


Conclusão: gestão qualificada faz diferença nas redes e nas urnas


Gerir redes sociais não se resume a postar “na hora do almoço” ou seguir tendências vazias. É sobre relacionamento, escuta, estratégia e, acima de tudo, autenticidade. Campanhas que abraçam o digital com inteligência, planejamento coletivo e disposição para diálogo se destacam – e conquistam corações e votos.

Na Communicare, dedicamos nossos esforços a criar pontes sólidas entre políticos, entidades e a sociedade, ajudando a transformar seguidores em defensores, dúvidas em apoio e sonhos em mobilização real. Se você deseja potencializar sua atuação política nas redes, entre em contato pelo nosso formulário e conheça de perto nossa metodologia humana, focada e conectada à realidade brasileira.


Perguntas frequentes sobre gestão de redes sociais em campanhas políticas



O que é gestão de redes sociais?


Gestão de redes sociais é o conjunto de práticas para planejar, criar, publicar, monitorar e interagir em diferentes plataformas digitais, visando fortalecer a imagem, engajar públicos e gerar resultados concretos. No contexto político, inclui desde o alinhamento de estratégia comunicacional até o acompanhamento de métricas, passando pela produção de conteúdo relevante e a resposta adequada ao eleitorado.


Como usar redes sociais em campanha?


O uso adequado passa por conhecer o público, escolher os canais adequados, planejar conteúdos que reflitam as causas e valores do candidato, manter frequência de postagens e uma postura de diálogo. Também é vital responder comentários e mensagens, monitorar o que dizem sobre o político e ajustar rotas sempre que necessário. O trabalho em equipe e a precaução com fake news são indispensáveis.


Quais redes são melhores para políticos?


Depende do perfil do público-alvo. Facebook e WhatsApp ainda lideram entre o eleitorado mais amplo, especialmente acima dos 35 anos. Instagram é popular entre adultos e jovens, enquanto TikTok cresce rápido junto aos mais jovens e grupos populares. YouTube é referência para quem consome conteúdos aprofundados. O ideal é conhecer onde está o seu público e focar nos canais mais relevantes para a campanha.


Vale a pena investir em mídias sociais?


Sim, investir em redes sociais é investir em relacionamento direto, credibilidade e alcance ampliado da mensagem. O retorno, seja em engajamento ou lembrança de voto, é comprovado por pesquisas recentes, e os custos tendem a ser inferiores aos meios tradicionais. Sem presença qualificada no digital, campanhas correm o risco de perder espaço para quem domina o ambiente.


Quanto custa gerir redes sociais políticas?


O valor varia de acordo com a complexidade da campanha, número de redes envolvidas, volume de conteúdo e acompanhamento necessário. Existem opções mais acessíveis e outras mais completas, com equipe dedicada, monitoramento diário e produção multimídia. Na Communicare, oferecemos soluções personalizadas conforme os objetivos e as demandas de cada político ou entidade. Fale conosco pelo formulário para um orçamento sob medida.

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