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Sem tradição em comunicação ativa? Como criar cultura do zero em 2026

  • Foto do escritor: João Pedro G. Reis
    João Pedro G. Reis
  • há 12 horas
  • 7 min de leitura

Em 2026, entidades públicas, conselhos, sindicatos, associações e mandatos vivem um desafio crescente: gerar visibilidade, confiança e engajamento sem nunca terem investido em uma cultura de comunicação ativa. Se nos debruçamos sobre realidades brasileiras, notamos que muitas organizações ainda tratam o tema como algo secundário – quase um luxo. Porém, enquanto as expectativas da sociedade aumentam, ignorar este movimento deixa marcas profundas: distanciamento do público, queda no engajamento e insegurança institucional.

O blog da Communicare, nosso projeto dedicado ao segmento político, institucional e eleitoral, nasceu justamente da necessidade de mostrar que, sim, é possível estruturar uma verdadeira cultura de comunicação – mesmo partindo do zero – e que essa jornada, apesar de complexa, traz resultados sólidos e sustentáveis.


Por que tantas organizações ainda não têm cultura de comunicação ativa?


Antes de falarmos dos caminhos possíveis, precisamos encarar a pergunta: o que trava tantas entidades? Em nossa experiência, há dois fatores principais:

  • Medo de “aparecer” demais e errar publicamente.

  • Falta de histórico em práticas de comunicação transparente ou integrada à rotina.

Além disso, muitos gestores ainda veem a comunicação apenas como canal de “recados” – e não como ferramenta estratégica. Relatos vindos do estudo do Universidade Federal do Amazonas apontam que a resistência interna está muito ligada à cultura e à história institucional.

Mudar um hábito institucional é menos sobre tecnologia e mais sobre comportamento.

Como reconhecer que sua entidade ainda não tem uma cultura comunicativa?


Pode soar estranho, mas há sinais claros:

  • Falta de um calendário mínimo de comunicação interna e externa.

  • Mensagens desencontradas de diferentes setores, gerando ruídos.

  • Baixa participação dos membros em iniciativas coletivas.

  • Processos de decisão que não consideram o impacto ou a necessidade de comunicação.

  • Ausência de espaço para ouvir dúvidas, críticas ou sugestões dos públicos.

Quando uma ou mais dessas situações aparecem, o caminho natural é o descolamento entre realidade da entidade e expectativas do público.


O peso da comunicação interna como ponto de partida


Começar do zero não significa zerar todas as relações. Em nosso trabalho na Communicare, notamos que o primeiro impacto surge dentro das equipes. Para entidades, a comunicação interna é o “ensaio geral” para o posicionamento externo.

O estudo publicado pelo Instituto Federal do Sul de Minas Gerais mostrou que a comunicação interna consistente serve de mola para inovação, redução de conflitos e engajamento.

Quando os servidores acreditam na mensagem, o público confia mais na instituição.

Fundamentos para criar cultura comunicacional do zero


Falamos em “cultura” porque não basta abrir um canal no WhatsApp ou criar perfis nas redes sociais. Cultura comunicativa significa incorporar valores, comportamentos, fluxos e políticas alinhados a objetivos de engajamento e transparência.

Seguindo insights de pesquisas como a da Faculdade de Tecnologia de Taquaritinga (Fatec), listamos pilares para a mudança:

  1. Diagnóstico realista: Investigar formalmente como se comunica, com quem e quais os maiores desafios e oportunidades.

  2. Sensibilização do time: Toda a equipe, de funcionários a lideranças, precisa entender os benefícios de uma comunicação ativa. Treinamentos, workshops e pílulas informativas ajudam na mobilização.

  3. Objetivos claros: Definir o que se espera a curto, médio e longo prazo – seja mais engajamento, visibilidade ou aproximação com públicos estratégicos.

  4. Primeiras ações práticas e pequenas vitórias: Comece com iniciativas simples: mural atualizado, grupos informativos, feedbacks mensais.

  5. Políticas internas que estimulam a comunicação: Regras e incentivos para dividir informações, dar voz a diferentes setores e reconhecer boas práticas comunicativas.

  6. Monitoramento e correção de rota: Regularidade na avaliação do que está funcionando ou não, com ajustes transparentes.


Implantação gradual: como escalar a comunicação sem sobrecarregar?


Muitos gestores nos procuram com uma ansiedade compreensível: como implantar tudo de uma vez? Nossa resposta quase sempre surpreende:

O segredo do sucesso está no passo curto e constante.

A implantação gradual evita resistência, permite ajustes e fortalece internamente o motivo das mudanças. Na prática, sugerimos o seguinte roteiro:

  1. Pilote pequenos projetos: Escolha uma área ou setor para testar um novo boletim, canal de sugestões ou reunião periódica aberta.

  2. Compartilhe conquistas rápidas: Toda pequena vitória – respostas mais rápidas, ideias surgidas em grupo, elogios recebidos – deve ser celebrada e comunicada.

  3. Amplie para outros setores: Depois de validar o funcionamento, expanda as iniciativas para novas áreas, adaptando o aprendizado.

  4. Busque multiplicadores internos: Alguns membros naturalmente se engajam mais e podem “contaminar” positivamente o ambiente.

  5. Registre e socialize resultados: Demonstre por que valeu a pena, compartilhe estatísticas básicas e depoimentos.

Para processos e dicas de desburocratização, trazemos mais sugestões no nosso material sobre estratégias para fluxos de comunicação interna mais leves.


Sensibilização: o segredo para engajar de verdade


De todas as mudanças, a sensibilização das equipes é a mais desafiadora. Ela não acontece em uma reunião ou campanha pontual. Exige uma sequência de ações e escutas para que todos, inclusive aqueles mais resistentes, percebam valor na proposta.

Nesse processo, consideramos passos como:

  • Oferecer relatos (mesmo fictícios) de organizações que fizeram a mudança.

  • Promover rodas de conversa sobre as oportunidades e medos quanto à exposição.

  • Convidar colaboradores para co-criar iniciativas de comunicação.

  • Apresentar dados concretos de melhoria (acesse pesquisas como Fatec e UFAM).

Gente que participa sente-se parte do resultado.

Treinamento contínuo: do básico ao estratégico


Não adianta criar canais, aprovar políticas e esperar que todos tenham a clareza do que fazer. O treinamento deve ser parte da rotina, respeitando diferentes níveis e perfis dentro da organização.

Baseando-nos em práticas bem-sucedidas que vimos em projetos da Communicare, sugerimos módulos como:

  • Boas práticas para escrita simples e inclusiva.

  • Como criar e compartilhar mensagens oficiais.

  • Gestão de canais digitais e tecnologias (vídeos curtos, podcasts, WhatsApp, etc.).

  • Feedbacks e escuta ativa como ferramentas de gestão.

Treinar não é transferir conhecimento só uma vez. É preciso revisitar e atualizar, com exemplos reais, simulados e rodas de conversa.

Em nosso artigo sobre como transformar comunicação em rotina eficaz, exploramos modelos práticos para essa evolução.


Pequenas vitórias: como celebrá-las e usá-las na mudança de cultura?


Grandes transformações são feitas de pequenas vitórias. Se há uma lição que coletamos de entidades parceiras, é esta: quando a equipe percebe, na prática, os ganhos da comunicação ativa, ela “compra” a ideia com muito mais força.

No cotidiano, incentivamos:

  • Divulgar casos de membros que tiveram mais retorno em projetos ao aderirem aos canais internos.

  • Compartilhar aumentos em índices simples, como participação em pesquisas ou eventos internos.

  • Criação de murais – físicos ou digitais – mostrando conquistas comunicacionais, com depoimentos breves.

Pequenas conquistas aceleram grandes avanços.

Políticas internas que incentivam a comunicação


O avanço só se sustenta quando há clareza de regras e incentivos. Diretrizes de comunicação não devem servir para punição, mas sim para orientar e celebrar boas práticas.

  • Defina horários e meios para circulação de mensagens relevantes.

  • Estabeleça critérios objetivos e subjetivos para reconhecimento.

  • Ofereça espaço para sugestões e críticas sem retaliação.

  • Inclua a comunicação ativa no escopo das avaliações internas.

Práticas como essa são detalhadas em nosso conteúdo sobre como implementar cultura comunicacional em entidades frágeis.


Relatos de quem mudou a cultura: exemplos que inspiram


Historicamente, observamos cases de conselhos regionais ou associações que, após anos de silêncio institucional, passaram a contar histórias próprias e dialogar de verdade com o público.

Uma associação fictícia de servidores do setor público, por exemplo, percebeu queda expressiva no engajamento dos membros. Decidiu, então, criar um grupo de WhatsApp restrito para avisos importantes, um quadro atualizado na intranet e boletins visuais simples. No início, a resistência era grande: relatos de sobrecarga, receio de falta de tempo, medo de se expor.

Após três meses, a troca de sugestões cresceu 26%, a participação em assembleias dobrou e, o que foi ainda mais simbólico, membros veteranos passaram a elogiar a clareza das mensagens.Outro caso real está ilustrado na experiência do Instituto Federal do Sul de Minas Gerais, que usou a comunicação interna para reforçar laços e reposicionar a imagem institucional.

Sempre destacamos no nosso trabalho em entidades que execuções simples e constantes são mais valiosas do que revoluções isoladas.


A influência do digital: a era onde todos comunicam


Não podemos ignorar que a cultura organizacional, hoje, está diretamente conectada ao ambiente digital. Segundo levantamento do CGEE, mais de 70% dos brasileiros já lidam com informação a partir de plataformas digitais. Toda entidade precisa se preparar para comunicar onde as pessoas estão.

Isso inclui:

  • Manual de conduta em redes sociais.

  • Capacitações para o uso seguro dos aplicativos.

  • Produção de conteúdos claros e responsivos.

  • Monitoramento regular das dúvidas e comentários.


Como saber se estamos no caminho?


Fazer avaliações constantes é chave. Não há fórmula engessada, mas listamos sinais de que a cultura está tomando forma:

  • Número de interações nos canais internos cresce.

  • Redução de ruídos e conflitos informativos.

  • Surgimento de ideias espontâneas para comunicação.

  • Abertura para feedbacks, mesmo críticos.

  • Reconhecimento da entidade por públicos externos.

No artigo Gestão & Regionalidade sobre cultura organizacional, vemos que o ponto de virada é justamente quando as práticas passam a ser mais espontâneas que obrigatórias.


Onde a Communicare entra nessa história?


A experiência de quem acompanhou esse tipo de transformação faz diferença. Nossa metodologia, consolidada por anos atendendo conselhos, associações, mandatos e sindicatos, vai além de campanhas pontuais. Trabalhamos lado a lado para desenhar políticas, treinar em ciclos, engajar times e mostrar resultados.

Em nosso acervo, sintetizamos cases de associações impulsionadas por uma comunicação assertiva, mostraremos caminhos e resultados possíveis. Também reunimos dicas práticas para comunicação sindical e conteúdos estratégicos para lideranças de mandatos e conselhos de classe.

O primeiro passo é mais importante do que o tamanho dele.

Conclusão


Construir uma cultura de comunicação ativa em 2026, mesmo partindo do zero, exige menos pressa e mais convicção. Reconhecer as falhas, engajar pelo exemplo, investir no diálogo e fortalecer pequenas vitórias faz toda a diferença. A era digital pede adaptação constante, empatia e estratégia – elementos que estruturamos em todos os projetos Communicare. Se sua entidade deseja virar a chave, entre em contato pelo nosso formulário. Juntos, transformamos silêncios em pontes.


Perguntas frequentes



O que é comunicação ativa nas empresas?


A comunicação ativa é o movimento consciente de promover trocas constantes, transparentes e direcionadas dentro da organização e com o público externo. O objetivo é deixar de ser reativo (apenas responder dúvidas ou crises) e passar a ser proativo, cuidando de informar, engajar e envolver todos nos processos diários e estratégicos.


Como criar uma cultura de comunicação do zero?


Criar uma cultura de comunicação começa com diagnóstico honesto, sensibilização do time e objetivos práticos, seguidos de pequenas ações e treinamentos contínuos. O segredo está em celebrar pequenas vitórias, adaptar iniciativas conforme o cenário interno evolui e contar com políticas internas públicas, revisáveis e com incentivos claros. Apoio externo especializado, como o da Communicare, pode acelerar o processo, tornando-o mais seguro e assertivo.


Quais os maiores desafios para comunicação interna?


Entre os maiores desafios estão a resistência à mudança, a fragmentação dos canais, o medo da exposição e a sobrecarga de informação. Muitas entidades também enfrentam dificuldade para incluir todos os perfis, tornando a comunicação homogênea demais ou excludente. A recomendação é sempre testar, ouvir e corrigir as rotas.


Vale a pena investir em comunicação ativa?


Sim, o investimento em comunicação ativa retorna em forma de engajamento, melhora de clima interno, fortalecimento de imagem e antecipação de crises. Estudos como o da Fatec reforçam que os ganhos superam o esforço inicial, influenciando diretamente o sucesso institucional.


Como medir os resultados da comunicação interna?


Mede-se resultados analisando participação, engajamento, feedbacks, redução de ruídos e percepção interna sobre a comunicação. Pesquisas de clima, acompanhamento de interação em canais, número de ideias surgidas espontaneamente e reconhecimento externo são indicadores eficazes.

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