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Como produzir conteúdo segmentado para públicos específicos

  • Carlos Junior
  • há 2 dias
  • 9 min de leitura

A produção de conteúdo segmentado deixou de ser uma tendência para se tornar uma necessidade estratégica para sindicatos, conselhos de classe, associações e lideranças políticas brasileiras. A dinâmica atual exige diálogo direcionado, propostas personalizadas e uma comunicação contínua, alinhada às particularidades de cada público. No blog da Communicare, abordamos a fundo o desafio de identificar segmentos relevantes e entregar conteúdos que despertem atenção, engajamento e ação real.

Falar com todo mundo, muitas vezes, é não ser ouvido por ninguém.

Neste artigo, vamos mostrar, passo a passo, como mapear segmentos entre os filiados de sindicatos, conselhos ou entidades, criar conteúdos específicos a partir de critérios como faixa etária, localização e área de atuação, e indicar formatos digitais que elevam o engajamento. Trazemos exemplos práticos, referências nacionais, dados das pesquisas IBGE e sugestões para que qualquer equipe gestora dê os próximos passos, com autonomia ou junto à nossa equipe.


Por que segmentar conteúdo é tão importante?


Quando tratamos públicos como homogêneos, corremos o risco de não atender às necessidades reais de diferentes grupos. A comunicação perde força, esfria o relacionamento institucional e cria barreiras para o envolvimento. Por outro lado, conteúdos segmentados aumentam a percepção de valor, o sentimento de pertencimento e, como mostraram os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do IBGE, são decisivos para guiar escolhas e comportamentos em diferentes perfis demográficos.

  • Mensagens personalizadas levam a taxas mais altas de clique e resposta em campanhas digitais;

  • Segmentação permite conexões genuínas, nutridas por empatia;

  • O engajamento é potencializado por formatos e abordagens relevantes à rotina dos públicos-alvo.

No contexto eleitoral, associativo e sindical, segmentar é fortalecer a base – prática, aliás, central no pilar de estratégias de marketing político que defendemos na Communicare.


Como identificar segmentos entre filiados e integrantes de entidades?


Antes de qualquer produção, precisamos entender quem são nossos públicos. Para isso, devemos cruzar dados internos da entidade com análises sociais públicas. Os levantamentos do IBGE são aliados valiosos nesse processo.


Mapeando perfis pela PNAD Contínua


A PNAD Contínua apresenta dados detalhados sobre faixa etária, escolaridade, ocupação, região e renda. Isso permite encontrar padrões entre os filiados e propor agrupamentos estratégicos. Por exemplo, um sindicato pode perceber, com o auxílio desse recorte, que há grande concentração de jovens até 29 anos em áreas urbanas na região Sudeste; ao passo que as diretorias regionais do Centro-Oeste têm maioria com mais de 50 anos e proximidade com o setor agroindustrial.

  • Idade (jovens, adultos, veteranos);

  • Escolaridade (fundamental, médio, superior, especializações);

  • Ocupação (atividades-fim, cargos administrativos, terceiro setor);

  • Gênero;

  • Localização (urbano, rural, regiões metropolitanas, cidades do interior);

  • Renda e participação em programas públicos.

Essas informações ajudam a desenhar personas reais, entender demandas e ajustar a linguagem.


Síntese de Indicadores Sociais: desigualdades e perfis


Além da PNAD, a Síntese de Indicadores Sociais fornece dados sobre formação, acesso a serviços, diferença de acesso ao mercado de trabalho e participação social. Tais indicadores permitem entender como os filiados de uma entidade podem ter realidades muito distintas. Por exemplo, jovens médicos recém-formados podem estar muito mais conectados a tendências digitais que aposentados de uma fundação pública.

Conhecer a base com profundidade é respeitar a diversidade interna e potencializar a comunicação institucional.


Dados internos e pesquisas específicas


Além dos dados secundários, cada organização pode (e deve!) investir na coleta de dados próprios para segmentação:

  • Cadastros atualizados (formulários digitais, recadastramento);

  • Pesquisas de opinião frequentes (motivação, expectativas, temas prioritários);

  • Monitoramento do comportamento digital (interação com newsletter, redes sociais, vídeos, podcasts);

  • Enquetes em grupos de WhatsApp, Telegram, fóruns internos;

  • Observação da participação em eventos presenciais e webinários.

Esse cruzamento de informações, com análise comparativa aos índices nacionais apresentados pelo IBGE, gera um mapa detalhado dos segmentos internos e suas preferências.


Métodos para cozinhar conteúdos personalizados


Depois de mapear os segmentos, vem a parte mais delicada: pensar em conteúdos sob medida para cada grupo. Aqui entram criatividade, sensibilidade e repertório digital. Na Communicare, valorizamos processos colaborativos, envolvendo lideranças, equipes de comunicação e consultores externos.


Critérios para personalização eficiente


Nós organizamos as decisões editoriais a partir de critérios objetivos. Os principais deles são:

  • Faixa etária: Jovens costumam preferir vídeos curtos, desafios e memes corporativos, enquanto grupos mais experientes tendem a consumir newsletters, podcasts e vídeos explicativos longos.

  • Localização: Moradores de regiões metropolitanas têm demandas diferentes de participantes do interior ou zona rural. Os temas e exemplos regionais aproximam a mensagem.

  • Área de atuação: Advogados, profissionais de saúde, educadores e trabalhadores do setor público trazem jargões, cenários e problemas distintos, exigindo ajustes de linguagem e foco temático.

  • Nível de escolaridade: Frases claras, parágrafos curtos e recursos visuais valorizam públicos diversos, enquanto termos técnicos e legislação detalhada funcionam para quadros especializados.

Escolher o idioma do seu público é mais que tradução; é conexão.

Criando conteúdos que “resolvem” para cada segmento


O conteúdo segmentado existe para resolver problemas reais e responder às inquietações do grupo alvo. Por isso, sempre partimos de perguntas práticas:

  • O que esse grupo quer saber, mas nunca encontra nos canais oficiais?

  • Quais são as dores recorrentes deste segmento?

  • Há demandas legislativas, benefícios, direitos ou oportunidades específicas?

  • Quais canais este público mais utiliza?

  • Que tom de comunicação é mais bem-vindo: inspirador, didático, direto ou descontraído?

Por exemplo, em eleições da OAB, delegar uma editoria para discutir desafios de jovens advogados do interior e outra sobre prerrogativas de mulheres advogadas garante identificação e engajamento.


Quais formatos digitais impulsionam o engajamento?


O canal muda, o comportamento muda. A Pesquisa de Serviços de Publicidade e Promoção do IBGE aponta para a preferência crescente por formatos digitais dinâmicos e interativos, especialmente entre públicos mais jovens e tecnicamente conectados.

  • Vídeos curtos (Reels, Shorts, TikTok): Engajam rapidamente, favorecem o consumo mobile, estimulam compartilhamento instantâneo.

  • Podcasts por segmento: Aprofundam temas. Permitem entrevistas com especialistas da base, além de notícias rápidas para quem consome conteúdo a caminho do trabalho.

  • Newsletter inteligente: Segmentação por temas de interesse, datas comemorativas e serviços sob demanda entregam valor e aumentam taxas de abertura.

  • Infográficos: Explicam números, leis e conquistas de forma visual, lúdica.

  • Enquetes e quizzes interativos: Ferramentas simples para captar opinião e gerar sensação de pertencimento.

  • WhatsApp e Telegram: Grupos temáticos e listas de transmissão customizadas são perfeitos para regionais e categorias ocupacionais específicas.

O segredo é equilibrar formatos de fácil consumo com outros mais aprofundados, dependendo do perfil do segmento.


Exemplos reais e estratégias para diferentes públicos


Na produção contínua do blog da Communicare, já pudemos aplicar segmentações de acordo com o projeto de clientes ligados a sindicatos nacionais, conselhos de classe estaduais e mandatos legislativos de diferentes regiões.

  • Para jovens filiados de conselhos regionais: Séries de vídeos curtos no Instagram e TikTok com dicas de carreira, oportunidades e entrevistas rápidas, adotando tom descontraído e linguagem atual.

  • Para mulheres em sindicatos: Podcasts mensais abordando conquistas, direitos, legislação específica e depoimentos inspiradores. Uso de imagens e linguagem inclusiva.

  • Para aposentados e veteranos: Newsletters com resumos de ações jurídicas, convocações para eventos presenciais, entrevistas com veteranos e plantão de dúvidas em áudio no WhatsApp.

  • Para gestores públicos: Infográficos explicativos sobre alterações legislativas, séries de vídeos orientando novas políticas e banco de boas práticas para download.

A aplicação desses formatos foi fundamentada em análise de comportamento digital, pesquisas da base interna e tendências comerciais obtidas na Pesquisa Mensal de Comércio do IBGE, que mostram crescimento da adesão a conteúdos por mobile e a preferência por notificações personalizadas.

Conteúdos personalizados criam vínculo emocional e estimulam ação.

Ferramentas práticas para segmentação e personalização


Além do uso dos estudos e pesquisas do IBGE, existem outras ferramentas simples e acessíveis para apoiar gestores na rotina de segmentação:

  • Plataformas de envios automatizados: Diversos sistemas possibilitam o envio de e-mails e mensagens segmentadas por listas customizadas, facilitando disparos por localização ou faixa etária.

  • Formulários digitais integrados ao sistema: Captação de preferências, atualização de dados e feedbacks constantes.

  • Editorias temáticas mensais: Planejamento de publicações com foco em temas de interesse dos segmentos – por exemplo, campanha de prevenção para profissionais de saúde ou atualização sobre legislação para servidores.

  • Monitoramento frequente de interações: Ferramentas nativas das redes sociais, como Instagram Insights e YouTube Analytics, informam quais conteúdos estão sendo bem recebidos por faixa etária, localização e horário.

Teste, ajuste e repita: segmentação não é estática, é processo em constante evolução.


Como manter o engajamento e a relação contínua?


O sucesso da segmentação não depende apenas das primeiras campanhas, mas da construção constante de um fluxo de diálogo. Na experiência da Communicare, o segredo está nos ciclos curtos de feedback e na renovação dos temas.

  1. Envie pesquisas rápidas depois de cada campanha digital;

  2. Atualize constantemente os temas editoriais a partir das respostas recebidas;

  3. Ofereça canais para participação ativa (caixas de perguntas, lives, fóruns);

  4. Realize encontros digitais periódicos exclusivos para segmentos estratégicos;

  5. Comunique vitórias e escute críticas abertas (mostre evoluções concretas que surgiram do diálogo).

Esses passos garantem que o ciclo de produção permaneça alinhado ao que cada segmento valoriza e espera da entidade.


Integração com estratégias macro de comunicação política


A personalização só faz sentido se estiver alinhada à estratégia institucional macro. Um bom exemplo disso é a implementação de planos de comunicação política estruturada, como detalhamos em nosso conteúdo sobre como desenvolver um plano de comunicação política eficaz. Ou seja, a segmentação não acontece isolada: ela potencializa resultados quando dialoga com campanhas gerais, projetos de visibilidade, ações emergenciais e gestão de crises de imagem.

Mesclar ações segmentadas com pautas amplas cria um fluxo equilibrado e respeitoso entre o todo e as partes – favorecendo a unidade, sem ignorar as particularidades de cada grupo.


Caminhos para potencializar a segmentação digital


O futuro da comunicação institucional passa por estratégias digitais que saibam encontrar cada segmento no seu canal preferido, adaptar a linguagem e oferecer respostas imediatas. Um estudo da Pesquisa de Informações Básicas Estaduais evidencia a acelerada inclusão digital e a diversidade de rotinas nos diferentes entes federativos, reforçando a importância da personalização.

  • Avaliar tendências e dados sobre engajamento em diferentes plataformas (Facebook, Instagram, WhatsApp, e-mail, plataformas próprias de sindicatos);

  • Acompanhar as mudanças no consumo de mídia digital entre faixas etárias, regiões e ocupações;

  • Fortalecer a formação digital das equipes de comunicação, com atualização constante sobre formatos, ferramentas e leis de proteção de dados;

  • Priorizar o uso de dados (internos e externos) para guiar decisões – isso fortalece tanto campanhas quanto defesa institucional em crises, como abordamos em nosso artigo sobre gestão de crises de imagem.

A digitalização é diversa, plural e adaptável. O conteúdo precisa acompanhar esse movimento para ser relevante e competitivo.

Naturalmente, há desafios: resistências internas, limitação orçamentária, desconhecimento técnico e necessidade de formação de equipes. Por outro lado, os ganhos em aproximação, engajamento, mobilização e evolução institucional justificam o investimento e a mudança de cultura.


Como dar o próximo passo?


Seja para iniciar ou avançar em projetos de segmentação de conteúdo, sugerimos pequenos primeiros passos – comece por mapear perfis, envolver diferentes setores e teste formatos digitais variados, a depender dos segmentos que sejam prioritários para a entidade. No blog da Communicare há conteúdos específicos para cada etapa da jornada de comunicação, seja nas fases de pré-campanha (estratégias digitais para impactar eleitores, por exemplo), seja em projetos contínuos de engajamento.

Mas se o desafio parecer grande ou se a equipe precisar de suporte especializado, somos referência nacional em comunicação sindical, institucional e eleitoral. Nossa metodologia integra segmentação, personalização e performance digital para alcançar todos os públicos com precisão e credibilidade.


Conclusão


A produção de conteúdo segmentado é ferramenta estratégica para qualquer entidade comprometida com o fortalecimento de sua base, a ampliação da autoridade institucional e a conquista de resultados práticos, seja em períodos eleitorais, associativos ou de atuação contínua. Com dados, criatividade e foco nos reais interesses dos públicos, é possível transformar comunicação em pertencimento, voz em ação.

Estamos prontos para apoiar organizações que buscam construir relações mais sólidas, humanas e efetivas com seus públicos. Se ficou com dúvidas ou quer potencializar a produção de conteúdo segmentado do seu coletivo, entre em contato conosco pelo formulário da Communicare. Vamos juntos transformar a comunicação da sua entidade!


Perguntas frequentes sobre conteúdo segmentado



O que é conteúdo segmentado?


Conteúdo segmentado é qualquer informação, notícia, artigo, vídeo ou mensagem criada especificamente para atender um grupo com características ou interesses comuns dentro de um público maior. Ao invés de comunicar de forma geral, falamos diretamente com as demandas de segmentos como jovens, mulheres, líderes, profissionais de uma área ou região específica, usando linguagem, exemplos e formatos adequados a cada um.


Como identificar meu público específico?


A identificação do público específico começa pelo cruzamento de dados internos (cadastros, pesquisas, participação em canais digitais) com informações nacionais do IBGE, como apresentado nas pesquisas PNAD Contínua e na Síntese de Indicadores Sociais. Analise idade, localização, escolaridade, área de atuação e comportamento digital para criar grupos com interesses similares. O ponto-chave é buscar padrões – e perguntar diretamente para a base, sempre que possível.


Quais são as melhores estratégias de segmentação?


As melhores estratégias combinam análise de dados (quem é seu público hoje?), criação de personas (personagens representativos dos segmentos), escolha dos canais mais usados por cada grupo e produção de conteúdos sob medida. Ferramentas como newsletters segmentadas, grupos temáticos em aplicativos de mensagem, vídeos direcionados e podcasts por segmentos têm apresentado ótimos resultados. O ciclo de feedback constante, com testes e ajustes, mantém a estratégia atualizada.


Vale a pena investir em conteúdo segmentado?


Vale muito! Segmentação eleva o engajamento, aumenta o retorno dos investimentos em comunicação e fortalece a relevância institucional. Nosso histórico e dados das pesquisas do IBGE mostram que conteúdos específicos promovem maior satisfação, engajamento e ação concreta dos públicos. Pequenas mudanças, como ajustar linguagem e formato, já trazem diferenciação significativa.


Onde divulgar conteúdo para nichos específicos?


O conteúdo deve ir aonde seu público está: newsletters, grupos de WhatsApp, canais fechados em Telegram, perfis segmentados em redes sociais, podcasts e plataformas próprias da entidade. O segredo está em conhecer quais canais cada segmento mais utiliza e adaptar o conteúdo, linguagem e formato a esses espaços. Na dúvida, vale perguntar diretamente para o público (via enquete, por exemplo), testando diferentes possibilidades e acompanhando os resultados.

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