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Não confia em agências? Checklist para avaliar segurança e resultados

  • Foto do escritor: João Pedro G. Reis
    João Pedro G. Reis
  • há 16 horas
  • 9 min de leitura

A escolha de uma agência de comunicação política pode parecer um salto no escuro para muitos candidatos, assessores, sindicatos ou organizações. Desconfiança, relatos de frustração e receio de investir em promessas vagas rondam esse universo, principalmente quando a reputação e o orçamento estão em jogo. Mas, afinal, como quebrar essa barreira e diferenciar uma agência confiável de uma aposta de risco? Nós, da Communicare, reunimos aqui um checklist técnico e prático para ajudar você a avaliar, ponto a ponto, a segurança e os resultados que uma agência de comunicação pode (ou não) entregar ao seu projeto público, eleitoral ou institucional.

Agência confiável não se avalia no achismo. Todo detalhe conta.

Por que a confiança nas agências está em xeque?


Em nosso dia a dia no atendimento a candidatos, sindicatos e equipes de mandatos, não é raro ouvirmos histórias de experiências negativas com agências anteriores. A falta de transparência, promessas infladas e resultados pouco palpáveis geram insegurança. E sabemos que, no Brasil, segundo a orientação do Ministério do Planejamento e Orçamento, avaliações críticas e processos colaborativos são urgentes para combater desperdício e desconfiança em políticas públicas e comunicação institucional.

Antes de qualquer coisa, precisamos aceitar que desconfiar é natural. Ninguém deveria entregar dados, reputação ou verba sem garantias. Mas também aprendemos ao longo dos anos que cautela não pode virar paralisia: é preciso critério para não perder o timing da comunicação, especialmente em contextos eleitorais, sindicais ou de crises.


Checklist: como avaliar a idoneidade e segurança de uma agência


Quem busca parceria segura precisa ir além dos cases bonitos no site. A seguir, está nosso checklist para avaliar uma agência de comunicação política. Sugerimos que você use, questione, imprima, grife e até compartilhe com sua equipe. Transparência, histórico, referências e garantias não são extras: são requisitos mínimos.

  • Histórico comprovado no setor: Qual a experiência da agência com comunicação política, institucional ou sindical? Há projetos ou campanhas semelhantes ao seu no portfólio? Converse com ex-clientes sempre que possível.

  • Especialização comprovada: A agência realmente entende dos processos eleitorais, das regras e prazos da Justiça Eleitoral ou das peculiaridades das entidades de classe? Pergunte sobre situações reais que exigiram decisões rápidas ou criatividade regulatória.

  • Lugar de fala e ética: Veja se a agência trabalha com transparência ética, respeitando seus valores, sua identidade política, social ou regional.

  • Equipe multidisciplinar: Não basta dizer que tem especialistas. Quem são eles? Qual a formação e experiência? Peça mini-bios reais.

  • Cases documentados e cases perdidos: Exigir apenas provas de sucesso é natural, mas vale pedir também exemplos de aprendizados. Pergunte “Vocês já erraram? O que aprenderam?”

  • Transparência sobre métodos e métricas:Como a agência monitora e apresenta os resultados? Relatórios mensais? Compartilha dashboards em tempo real? Critérios de avaliação de conteúdo, como proposto em estudos da UFMG sobre argumentação política, são aplicados internamente?

  • Contratos claros (sem letras miúdas): Exija modelos contratuais antes de qualquer pagamento. Eles detalham prazos, entregas, responsabilidades mútuas, e políticas de rescisão?

  • Referências de clientes:Solicite contatos de clientes ativos ou anteriores e faça perguntas diretas sobre entregas, comunicação e postura da agência diante de imprevistos.

  • Segurança de dados e sigilo: Como a agência lida com suas informações sensíveis? Tem processos para proteger senhas, documentos, contratos e bancos de dados?

  • Capacidade de “levantar” e “apagar” crises: Peça relatos verdadeiros de gestão de crise em eleições ou cenários críticos (como tratamos no artigo sobre gestão de crise em uma eleição sindical).

  • Garantias contratuais: Existem cláusulas de SLA de entregas? Penalidades por atraso ou não conformidade? Como é feita a definição de sucesso em cada etapa?

  • Política de adequação legal: Está claro que a agência segue normativos como LGPD, regras da Justiça Eleitoral e orientações de entidades públicas? Exemplos práticos são melhores que promessas genéricas.

  • Capacidade de inovação e adaptação: Projetos são únicos. A agência oferece soluções padronizadas ou constrói estratégias a partir das análises do cliente, conforme preconiza a política de comunicação institucional da Câmara dos Deputados?


Critérios técnicos: fuja do superficial


Critérios técnicos servem para separar promessas de fatos. No universo de comunicação política, não existe espaço para achismo ou apenas “feeling”. O Governo Federal define critérios objetivos para selecionar agentes de publicidade, incluindo análise técnica, uso de pesquisas e acompanhamento de resultados. Mesmo para pequenos ou médios mandatos, a lógica é parecida.

  • Análise de cases similares: Não basta mostrar campanhas premiadas. É preciso pedir exemplos “do seu universo”: mandatos, sindicatos, conselhos, associações... A agência precisa apresentar resultados concretos que mostrem capacidade de adaptação e entrega, não apenas estética ou criatividade vaga.

  • Métricas mensuráveis: Como são definidos KPI’s? O que será monitorado: crescimento de base, engajamento real, conversão em apoios ou votos, mudança de percepção, cobertura de mídia? Sem métricas, não há compromisso real.

  • Relatórios e transparência: Relatórios precisam ser inteligíveis, acessíveis e alinhados ao que realmente importa para o cliente. Compartilhar números por compartilhar não resolve. Exija exemplos detalhados, não prints genéricos.


Dicas para pedir garantias contratuais


Sabemos por experiência que a maioria dos problemas poderia ser evitada já na negociação e fechamento do contrato. Mas muita gente, com receio de parecer “desconfiada”, acaba não questionando pontos importantes. Isso é um erro comum, que destacamos sempre:

  1. Solicite minuta do contrato antes: Leia com calma, solicite esclarecimentos e peça exemplos práticos. Evite cláusulas abertas.

  2. Inclua critérios de entrega e de performance: Quais entregas estão atreladas a pagamento? Quais prazos estão fixos? Haverá multa por atraso ou não entrega?

  3. Preveja rescisão justa: Contratos precisam proteger os dois lados. Como funciona a saída, a devolução de materiais e a transição para outro fornecedor (se for necessário)?

  4. Registre acordos por escrito: Não confie em promessas verbais. Exija que acordos estejam documentados.

E nunca hesite em pedir referências antes de assinar qualquer documento. Afinal, confiar não pressupõe ser ingênuo. Em nosso conteúdo sobre dúvidas jurídicas sobre contratação de comunicação externa, trazemos alertas e dicas práticas para quem busca segurança formal.


Como analisar resultados (e evitar decepções)


Frequentemente, ouvimos relatos de clientes decepcionados porque esperavam “bombar nas redes” em semanas ou “aparecer na TV” do dia para a noite, mas não conversaram sobre objetivos realistas e critérios de sucesso logo no início. Por isso, nossa orientação é simples e direta: defina o que você espera e peça que a agência explique como vai medir cada meta.

  • Use benchmarks reais: Em vez de se deslumbrar com gráficos animados, pergunte: “Como vamos saber que deu certo?” Compare histórico, contexto e resultados de projetos parecidos.

  • Siga as etapas: Comunicação política e institucional costuma exigir: (1) Diagnóstico, (2) Planejamento, (3) Execução, (4) Monitoramento e (5) Ajustes. Peça para ver como cada estágio será documentado.

  • Solicite relatórios claros: Relatórios devem ser traduzidos para a realidade da sua organização. Métricas importam, mas precisam ser tangíveis. Por exemplo: aumento da base em números, menções positivas em mídias relevantes, conversão em reuniões, plenárias, assembleias ou cobertura na imprensa.

  • Converse sobre erros e acertos: Uma agência só aprende (e evolui) compartilhando aprendizados, não escondendo tropeços.


Como e quando exigir referências?


Se você está investindo tempo e dinheiro, tem direito de conversar com quem já investiu também. Exija contatos de outros clientes, mas fuja de perguntas “genéricas”. Prefira perguntas diretas, como:

  • “A agência entregou o prometido dentro do prazo?”

  • “Como foi o acompanhamento durante crises?”

  • “Se tivessem que indicar para um amigo, fariam?”

Esse contato revela muito mais que qualquer case postado nas redes. E permite sentir se o trato da agência é parceiro, distante ou passivo. Nossa experiência mostra que, muitas vezes, o sucesso de uma ação está menos em ações mirabolantes e mais no cuidado do dia a dia.


Erros comuns ao avaliar agências (e como não repetir)


Listamos abaixo alguns tropeços frequentes de quem contrata agências políticas ou institucionais, baseados no que já vimos e ouvimos de clientes durante nossos atendimentos na Communicare:

  1. Confundir autoridade digital com competência real: Muitos acreditam que agência muito ativa nas próprias redes entrega, necessariamente, resultado para clientes. Nem sempre.

  2. Priorizar preço ao invés de clareza contratual: A oferta mais barata parece tentadora quando o orçamento é justo, mas, se não houver previsibilidade de entregas e métricas, pode sair caro no final.

  3. Acreditar em atalhos e fórmulas mágicas: Comunicação política e institucional requer análise, planejamento e resiliência. Não existe “milagre” instantâneo em engajamento real.

  4. Ignorar as referências e depoimentos: Alguns pulam a etapa de conversar com ex-clientes por pressa ou constrangimento. Às vezes, um simples telefonema revela o que apresentações luxuosas escondem.

  5. Deixar de comentar expectativas e limites já no início: “A agência não tem bola de cristal”. Por mais óbvio que pareça, definir juntos o que é sucesso (e fracasso) é o melhor antídoto para frustrações.


O papel dos critérios públicos e boas práticas


Buscando referência em boas práticas, analisamos também guidelines oficiais, como as diretrizes da Secretaria de Comunicação Social do Governo Federal. O uso de pesquisas, diversificação de investimentos e definição prévia dos públicos e métricas são padrões que reduzem riscos e trazem mais segurança jurídica e operacional ao processo. Agências realmente preparadas não apenas aceitam, mas preferem ser avaliadas por esses critérios públicos.

Esse olhar técnico e criterioso também se aplica a entidades privadas, conselhos profissionais e associações, que podem (e devem) adaptar padrões públicos de avaliação para o seu contexto. Os processos sugeridos pelo Manual da Câmara dos Deputados ajudam a manter foco em interesse coletivo, comunicação ética e objetivos concretos.


Como pedir clareza em adequação legal e compliance?


Cada vez mais, compliance é um pilar nos contratos de comunicação. Além de seguir a LGPD, a agência precisa ser capaz de antecipar riscos regulatórios nas suas estratégias e execução, ajustando-se a orientações e normativas. Recursos e dicas práticas para garantir conformidade são temas que detalhamos, por exemplo, em nosso artigo sobre como garantir conformidade e segurança em campanhas online.

Exigir esses itens deixa claro que você valoriza parcerias responsáveis. Mais que isso: evita surpresas futuras.


Exija propostas personalizadas (e não soluções genéricas)


Em nossa experiência na Communicare, propostas prontas e genéricas raramente trazem resultado real. O diagnóstico é a base: cada entidade, mandato, sindicato ou associação tem contexto, dores, públicos e desafios próprios. Exija reuniões de briefing detalhadas, questionários personalizados e apresentação de plano de ação já nos primeiros contatos.

Uma boa proposta detalha objetivos, pessoas-chave, calendário de ações, produtos, fluxos de aprovação e formas de mensuração de entregas. Mais do que isso, ela demonstra que a agência escutou antes de sugerir. Cuidado com pacotes fechados, sem margem de adaptação.


Checklist final prático para decidir


Critério vence pressa.
  • As respostas da agência foram consistentes (não evasivas)?

  • O histórico apresentado faz sentido para o seu universo (não só para grandes marcas)?

  • As entregas e métricas contratadas são realistas e mensuráveis?

  • O contrato detalha entregas, responsabilidades e prazos?

  • Referências entrevistadas confirmam profissionalismo e resultados?

  • Existem planos de ação claros para situações inesperadas (crise, reajuste de estratégia)?

  • Os princípios e valores da agência compatibilizam com os seus?

  • Há abertura para dúvidas jurídicas, de compliance e processos?

Lembrando que, para quem deseja aprofundar seu planejamento e escolher o parceiro certo, temos conteúdos sobre comunicação eficaz e estratégias para conexão com o público.


Conclusão: confiança se constrói com critério


Desconfiar é sinal de responsabilidade. Mas, com os critérios certos em mãos, é possível encontrar agências que entregam não só resultado, mas tranquilidade e parceria no médio e longo prazo. A Communicare nasceu da vontade de oferecer caminhos claros, transparentes e alinhados aos melhores padrões públicos e privados do mercado, sem atalhos ou soluções mágicas, mas com compromisso real.

Se você quer avaliar agências com segurança, acesse nosso formulário e entre em contato. Temos o compromisso de apresentar um diagnóstico sem enrolação e uma proposta alinhada ao que realmente importa: o sucesso do seu projeto e o fortalecimento das suas causas. Fale com nosso time agora mesmo.


Perguntas frequentes



Como avaliar a segurança de uma agência?


Avaliar a segurança de uma agência requer um checklist detalhado: histórico documentado, políticas de proteção de dados e sigilo, contratos claros e transparência nos métodos e métricas. Peça referências, analise cláusulas de segurança contratual e questione sobre fluxos de aprovação e adequação legal. Não aceite respostas vagas.


Quais resultados esperar de uma agência confiável?


Uma agência confiável entrega resultados alinhados às expectativas e contextos do cliente, não promessas genéricas. Espere aumento de conexão com o público-alvo, fortalecimento de imagem institucional, engajamento real e relatórios mensuráveis com ações concretas. Resultados típicos envolvem crescimento de base, conversão de apoios, cobertura positiva na mídia e gestão rápida de crise.


Como saber se vale a pena contratar agência?


Vale a pena contratar agência quando a necessidade exige especialização, tempo ágil de resposta, análise de cenário, planejamento estratégico e execução com equipe multidisciplinar. Se o projeto requer impacto, visibilidade, conformidade legal e resultados acima da média, buscar apoio externo é um investimento calculado. O segredo está em escolher com critério, e não por impulso.


O que evitar ao escolher uma agência?


Evite agências que fogem de perguntas difíceis, apresentam pacotes genéricos, não detalham contratos ou recusam compartilhar referências reais. Fuja também de promessas milagrosas, de preços muito distantes do mercado ou propostas sem exemplos comprovados do seu segmento. Desconfie de “gurus” que entregam apenas vaidade, sem conectar comunicação à missão da sua causa.


Onde encontrar avaliações de agências de marketing?


O melhor caminho para avaliações honestas são conversas diretas com ex-clientes, contatos de referência fornecidos pela própria agência e pesquisa sobre cases documentados nos canais oficiais. Avaliações públicas podem ser úteis, mas são complementares. Em setores como comunicação política e institucional, fuja de comentários anônimos e foque em referências verificáveis.

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