
7 erros na gestão de imagem política e como evitá-los em 2026
- João Pedro G. Reis

- 10 de nov.
- 8 min de leitura
No cenário atual da política brasileira, a gestão de imagem é tão crítica quanto as propostas de campanha. Em 2026, com novos movimentos eleitorais e exigências do público, a responsabilidade sobre a reputação política cresce ainda mais. Ao longo da minha trajetória à frente da Communicare, acompanhei campanhas que alcançaram resultados e outras que tropeçaram nos mesmos obstáculos. Neste artigo, quero compartilhar os sete erros mais cometidos na gestão de imagem política e, principalmente, apresentar caminhos práticos para evitar esses problemas antes das próximas eleições.
O papel da imagem política em tempos de novos eleitores
Tenho visto um fenômeno se intensificar a cada ciclo eleitoral: os eleitores estão mais atentos não apenas ao discurso dos candidatos, mas à consistência entre atitudes, comunicação, histórico e capacidade de resposta em crises. No universo político, imagem é percepção, e percepção, em redes e ruas, se traduz em confiança ou rejeição.
Segundo resultados debatidos pela revista Comunicação & Informação, as mudanças nas regras eleitorais impuseram limites à exposição e ampliaram o peso da integridade narrativa. Ou seja, erros de gestão de imagem são menos tolerados e têm efeitos duradouros sobre mandatos e carreiras.
Neste contexto, identifico sete falhas recorrentes, cujos impactos vão da ridicularização na internet à perda de apoio entre aliados. Conhecer e agir sobre esses pontos pode determinar o sucesso político em 2026.
Erro 1: Falta de planejamento estratégico de imagem
Planejamento é um termo que, para alguns, parece genérico. Mas quando falo em falta de planejamento na gestão de imagem política, não estou me referindo a uma simples assessoria de imprensa ou à programação de posts nas redes. Refiro-me à ausência da definição clara do posicionamento, dos valores a serem transmitidos e de uma narrativa consistente, algo que balize todas as manifestações públicas do político.
Em várias consultorias da Communicare, recebi lideranças que nunca haviam sentado para revisitar seu histórico profissional, político e pessoal em busca de elementos que fundamentassem uma narrativa legítima. Com isso, detalhes se perdem, contradições aparecem, e a opinião pública percebe – mesmo que inconscientemente, a falta de autenticidade.
Não definir uma persona política (quem se é, para quem se fala, quais causas defende);
Não alinhar equipes sobre as diretrizes de comunicação;
Ignorar as diferenças regionais e culturais nos discursos;
Esquecer de atualizar estratégias diante de mudanças legislativas ou eleitorais;
Desprezar análises periódicas do impacto das ações e do discurso na opinião pública.
O político sem planejamento de imagem fica vulnerável ao improviso e ao desgaste espontâneo, perdendo controle sobre a impressão deixada em públicos estratégicos. A recomendação é dedicar tempo e recursos a uma análise aprofundada, inclusive considerando ferramentas como pesquisas qualitativas, que podem ser conduzidas com apoio especializado.
Erro 2: Subestimar o impacto das redes sociais
Poucas ferramentas modificaram tanto a comunicação política quanto as redes. Eu mesmo já presenciei políticos serem alçados à fama (ou ao descrédito) em questão de horas por eventos pequenos, mas mal geridos no ambiente digital.
Entre os erros mais comuns neste aspecto, estão:
Deixar perfis oficiais sem monitoramento constante;
Responder internamente crises em vez de recorrer à consultoria profissional;
Postar conteúdos sem considerar o contexto local ou as pautas do momento;
Ignorar comentários negativos até que virem manchetes.
As redes sociais ampliam e distorcem, tornando públicos até pequenos deslizes privados. Aprender a usar ferramentas de monitoramento, definir protocolos de resposta e investir em conteúdos de valor para o eleitor são passos indispensáveis.
Recomendo aprofundar o entendimento sobre como erros podem impactar a imagem pública em canais digitais lendo este artigo da Communicare sobre gestão de crise nas redes.
Erro 3: Reagir tardiamente (ou da forma errada) a crises
Lido diariamente com equipes desesperadas porque não sabiam como agir diante de um ataque inesperado, uma denúncia ou rumor em ascensão. Infelizmente, a maioria das crises de imagem não nasce grande. Elas crescem pelo vazio de respostas, pela demora em reconhecer o problema ou pela tentativa de “abafar” sem uma análise fria dos riscos.
Algumas situações revelam bastante:
A crise não respeita agendas. Ela chega e exige preparo.
Quem reage rápido, com clareza e respeito ao público, geralmente recupera a confiança mais facilmente. Errar no timing ou subestimar a gravidade dos fatos é um dos piores erros em imagem política.
No segmento institucional e eleitoral, recomendo a leitura do nosso artigo sobre gestão de crise de imagem pública, no qual detalhamos procedimentos e exemplos reais para não ser surpreendido.
Erro 4: Falta de integração entre comunicação online e offline
Muitos políticos se comunicam de uma forma no noticiário e de outra nas redes. Nas ruas, transmitem uma impressão, nos eventos oficiais outra. Essa descompasso mina a confiança dos diversos segmentos do eleitorado.
Não alinhar os discursos e posturas em diferentes canais;
Criar promessas para cada público, contrariando o que foi dito anteriormente;
Delegar a comunicação digital para um time e a comunicação de rua para outro, sem integração real;
Focar só em grandes portais e ignorar veículos de bairro ou associações locais.
No meu trabalho, reforço sempre que é a unidade entre as frentes, mandatos, campanhas, redes, imprensa, eventos, que constrói reputações sólidas e reconhecíveis. A ausência de integração transmite amadorismo e falta de confiança.
Erro 5: Negligenciar a profissionalização da assessoria
Já presenciei muitos candidatos escolherem amigos ou familiares para cuidar da comunicação, acreditando que basta conhecer o político para fazer um trabalho consistente. Esse é um erro que custa caro no médio e longo prazo.
Assessoria sem experiência em crises públicas ou legislação eleitoral;
Falta de atualização sobre regras da comunicação digital;
Ausência de processos claros na gestão de pautas, notas e respostas à imprensa;
Desconhecimento das ferramentas modernas de análise e monitoramento de reputação.
Quando levamos a sério a imagem política, optamos por profissionais capazes de analisar contextos, propor estratégias, mensurar resultados e garantir respostas seguras diante de situações sensíveis.
Na Communicare, investimos na capacitação constante do nosso time, com foco em resultados, compliance e inovação. Recomendo sempre buscar consultoria especializada antes de tomar decisões em momentos críticos.
Erro 6: Ignorar a escuta ativa e a pesquisa de opinião
Nenhuma liderança deseja governar ou legislar sem apoio. Mas vejo com frequência atores políticos que decidem isoladamente, sem pesquisar ou ouvir aliados, sociedade e conselhos de classe.
Isso gera decisões desconectadas, iniciativas sem aderência e posicionamentos que surpreendem até quem apoia o mandato. Sem escuta ativa, o político se distancia dos múltiplos públicos que compõem sua base e do termômetro das redes.
Ferramentas modernas de microtargeting permitem diagnosticar, em tempo real, percepções e expectativas de grupos específicos, desde sindicatos até moradores de bairros. Pesquisas de opinião são instrumentos práticos e acessíveis para aproximar-se do eleitorado, reposicionando discursos quando necessário.
Se o seu objetivo é reduzir falhas na comunicação pública, sugiro leitura sobre procedimentos seguros para reduzir erros de comunicação.
Erro 7: Não investir em prevenção de crises
A gestão de imagem bem-sucedida não se resume a apagar incêndios. Ela antecipa riscos, prepara cenários e constrói planos de ação para proteger o político, sua equipe e seu legado.
Muitos acreditam que só precisam se preocupar quando a crise já começou. Um engano perigoso. Estratégias como treinamentos de mídia, simulações de gerenciamento de crise, mapeamento de ameaças e atualização constante de protocolos preservam reputações, evitam escândalos e minimizam prejuízos de imagem.
Tenho orientado clientes da Communicare a adotarem rotinas de auditoria de imagem e workshops regulares de avaliação de riscos. Dessa forma, mesmo sob pressão, as decisões são mais acertadas e ágeis.
Aprofunde seu domínio sobre o tema consultando materiais sobre estratégias assertivas de prevenção de crises de imagem.
Como consolidar a reputação política em 2026
Construir e manter uma reputação sólida requer disciplina, observação e investimento contínuo. O ciclo eleitoral de 2026 exigirá não apenas discursos afinados, mas disponibilidade para ouvir críticas, responder a ataques de forma ética e desenvolver uma narrativa autêntica em diferentes canais. No cenário atual, o menor descuido pode se propagar de modo irrecuperável.
Com base na minha experiência na Communicare, a combinação de estratégia, monitoramento profissional, pesquisa e preparação preventiva é o que separa lideranças seguras de figuras passageiras no cenário político brasileiro.
Checklist prático para evitar erros em 2026
Defina e comunique sua persona política;
Atualize permanentemente sua equipe sobre regras eleitorais e tendências;
Integre comunicação online e offline, mantendo mensagens alinhadas;
Investigue e responda de forma ágil a boatos, críticas e demandas;
Invista em pesquisas frequentes com públicos específicos da sua base;
Realize treinamentos e simulações periódicas de crise;
Mantenha consultoria profissional como suporte permanente, e não apenas em emergências.
A credibilidade se constrói ao longo do tempo, mas pode ser abalada rapidamente por erros evitáveis. Invista agora na gestão estratégica de imagem para colher resultados reais nas próximas eleições e garantir relevância duradoura.
Conclusão
Ao longo deste artigo procurei separar, de forma objetiva, os erros mais recorrentes na gestão de imagem política e os caminhos práticos para evitá-los já nas próximas disputas eleitorais. O desafio de fortalecer candidaturas, gestões e entidades depende cada vez mais de estratégia e profissionalismo na comunicação.
Na Communicare, atuo pessoalmente para que candidatos, mandatos, conselhos profissionais, sindicatos e gestores públicos possam construir reputações respeitadas, credíveis e preparadas para os desafios do Brasil contemporâneo.
Profissionalizar é o melhor investimento quando a reputação está em jogo.
Se você deseja transformar a imagem política com segurança, consistência e resultados reais, convido a entrar em contato comigo e com o time da Communicare pelo formulário disponível no nosso site. Nossa equipe está pronta para atender com atendimento consultivo, alinhado à realidade brasileira, fortalecendo sua trajetória eleitoral e institucional.
Perguntas frequentes sobre erros e gestão da imagem política
Quais são erros comuns na imagem política?
Os erros mais comuns na imagem política incluem a falta de planejamento estratégico, inconsistência na comunicação, reação lenta a crises, descuido com redes sociais, ausência de integração entre diferentes canais, falta de profissionalização e o desprezo pela escuta ativa e prevenção de riscos. Todos esses pontos podem comprometer a confiança de eleitores, aliados e formadores de opinião. Evitar esses problemas exige disciplina, monitoramento constante e apoio de consultoria especializada.
Como evitar crises de imagem na política?
A melhor prevenção de crises de imagem é investir em planejamento detalhado, monitoramento profissional de todos os canais de comunicação, preparo prévio para possíveis ataques e atualização constante das mensagens e posicionamentos. Treinamentos de mídia, pesquisa de opinião e o desenvolvimento de planos de contingência também são fundamentais. Recomendo contar com suporte especializado para atuar tanto na prevenção quanto na resposta rápida a situações sensíveis.
O que é gestão de imagem política?
Gestão de imagem política é o conjunto de estratégias, práticas e processos voltados a construir, manter e proteger a reputação de uma liderança, partido, entidade ou candidato diante de diversos públicos. Ela envolve comunicação integrada, análise de cenário, pesquisa, resposta a crises e fortalecimento de valores que sustentem a narrativa política ao longo do tempo.
Vale a pena investir em consultoria de imagem?
Sim, investir em consultoria de imagem política é uma decisão que traz resultados concretos, pois profissionais experientes conseguem identificar riscos, propor estratégias de diferenciação e orientar respostas assertivas diante de desafios do cenário brasileiro. O apoio externo garante maior isenção, precisão nas análises e acesso a metodologias que otimizam o impacto das ações políticas.
Quais estratégias melhoram a imagem política?
Entre as principais estratégias para melhorar a imagem política estão: definição clara da persona, comunicação integrada em todos os canais, monitoramento de redes, pesquisa de opinião para segmentar públicos, resposta rápida a crises, treinamento de porta-vozes, atualização permanente sobre cenário eleitoral e adoção de planos preventivos de gerenciamento de imagem. Profissionalizar a equipe e buscar orientação especializada ampliam as chances de sucesso e aumentam a credibilidade junto ao eleitorado e instituições.




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