
Gestão de reputação nas eleições da OAB: práticas para 2026
- João Pedro G. Reis

- 14 de nov.
- 9 min de leitura
As eleições da OAB em 2026 prometem um cenário marcado por mudanças, desafios digitais e, acima de tudo, por uma pressão ainda maior sobre a reputação dos candidatos. Eu, João Pedro G. Reis, como Diretor Executivo da Communicare, acompanho de perto a evolução das campanhas institucionais e eleitorais, e noto que a construção e proteção da imagem nunca estiveram tão no centro das estratégias.
Se antes era possível contar quase exclusivamente com a tradição, hoje, a confiança da base advogada depende de ações articuladas, presença digital e respostas rápidas. Vou compartilhar neste artigo práticas atuais e tendências para a gestão de reputação nas eleições da OAB que, comprovadamente, fazem diferença nas urnas – inclusive porque tenho visto isso na prática, tanto junto a conselhos de classe quanto em contextos eleitorais maiores.
Por que a reputação é determinante nas eleições da OAB?
A OAB é muito mais do que uma entidade de classe: é um bastião para a democracia, um espaço onde a confiança é seu principal ativo. Ao contrário do que por vezes se supõe, o eleitorado da OAB é exigente, atento e possui uma cultura interna própria, feita de debates, disputas e vigilância ética intensa. Estudos como aqueles publicados na Revista FAMECOS já mostraram a transformação das estratégias de comunicação política no Brasil, inclusive em ambientes institucionais.
Na minha experiência, a reputação, quando bem cultivada, não apenas blinda candidatos de ataques, mas também constrói autoridade, propicia capilaridade nas subseções e multiplica as chances de engajamento real.
Presença digital ativa é sinônimo de credibilidade nas eleições da OAB.
Os riscos da má gestão de imagem
Nenhum erro de comunicação passa despercebido no contexto da OAB. Seja uma declaração mal interpretada, uma crise de integridade ou até mesmo postagens antigas em redes sociais, tudo ecoa rapidamente. A má gestão da imagem política pode ser fatal para a candidatura de advogados ou chapas, como já presenciei em diversos processos eleitorais.
Ao participar de planejamentos e acompanhamentos de campanhas, testemunhei mais de uma vez a força dos grupos de WhatsApp e das redes sociais, tanto para levantar quanto para derrubar nomes. E aqui um fenômeno merece atenção: um boato ou erro mal gerenciado torna-se verdade na mente do eleitor, se não for rapidamente tratado. Isso vale para a OAB tanto quanto para mandatos ou sindicatos.
Os pilares de uma reputação forte na OAB
No ambiente da OAB, construir reputação não é um projeto individualista. Trata-se de uma missão coletiva, com estratégias coordenadas e atuação nas diferentes frentes: comunicação institucional, discurso, comportamento digital e atuação presencial. Na Communicare, sigo uma linha estruturada baseada nos seguintes pilares, que detalho a seguir:
Transparência e consistência no discurso
Presença digital qualificada
Monitoramento ativo da imagem
Gestão de crises em tempo real
Fortalecimento das relações com a base
Transparência: o valor das causas e das ideias
Transparência não é sinônimo de exposição plena, mas de coerência: as mensagens públicas devem refletir o histórico, as pautas defendidas e a atuação real do candidato ou chapa. Em todos os planejamentos que coordenei, insisto que não há espaço para contradições.
A transparência quando bem trabalhada pode reverter contextos negativos e até transformar crises em narrativa positiva. Foi assim com candidatos que conseguiram, diante de ataques, mostrar sua trajetória com fatos e documentos. É essencial planejar, com antecedência, respostas para perguntas difíceis e construir argumentos sólidos fundamentados na realidade do cotidiano da advocacia regional.
Presença digital qualificada: mais que exibição, é atuação
A pesquisa da Universidade Federal do Maranhão é clara: as redes sociais se consolidaram, de 2017 a 2021, como um campo determinante nas campanhas eleitorais, inclusive institucionais. No universo da OAB, o alcance digital precisa ocorrer sem ferir limites éticos, mas sem abrir mão de criatividade e proximidade.
Já vi candidatos perderem espaço por apostar em perfis sisudos ou, ao contrário, pecar pelo excesso de informalidade. O melhor caminho, em minha experiência, está num equilíbrio: postar conteúdos informativos, valorizar conquistas, trazer a rotina do trabalho jurídico e dialogar sem perder a sobriedade. Além disso, hoje considero fundamental investir em: Vídeos curtos explicativos; Lives temáticas com advogados renomados; Respostas rápidas a dúvidas enviadas por seguidores; Aproveitamento de dados e estatísticas públicas; Interligação de perfis digitais (Instagram, LinkedIn, WhatsApp Business); Curadoria rigorosa de interações e comentários, evitando desgastes.
Na Communicare, enfatizo que o sucesso da presença digital está menos no volume e mais na qualidade das interações. Um seguidor engajado vale mais do que mil espectadores distraídos.
Monitoramento constante: informação em tempo real
Nenhuma estratégia é efetiva sem inteligência de dados. Para mim, monitorar as menções ao nome do candidato, às pautas da chapa e ao contexto da subseção é tarefa diária. Uso diversas ferramentas para análise de sentimentos, acompanhamento de tendências e detecção de possíveis riscos, inclusive com embasamento das informações públicas como as da Coordenação Nacional de Fiscalização da OAB.
O monitoramento do discurso político permite identificar rapidamente oportunidades de reposicionamento, ajustes no tom e até antecipação de ataques. Se noto ruídos ou movimentação atípica nos grupos de discussão, a equipe já entra em ação, seja para intervir, seja para preparar respostas estratégicas.
Gestão de crises: preparo e ação cirúrgica
Cedo ou tarde, toda campanha enfrentará situações delicadas: fake news, acusações infundadas, vazamento de informações. O segredo está na prevenção e na rapidez de reação. Em um projeto recente que conduzi, antecipamos um boato administrando a informação de forma transparente, repassando dados verídicos para a imprensa interna da subseção. Assim, cortamos o ciclo do rumor pela raiz.
Existem três passos que costumo seguir:
Reconhecer rapidamente o problema e traçar uma resposta unificada;
Buscar apoio e orientação institucional, valorizando a voz oficial da chapa/candidato;
Comunicar-se objetivamente, evitando polêmicas e redobrando a transparência.
A gestão de crises não se resume apenas ao apagar incêndios. No longo prazo, o que conta é a capacidade de aprender com erros, ajustar procedimentos e fortalecer os protocolos internos. O artigo disponível sobre gestão de crises reputacionais em instituições detalha métodos já aplicados com sucesso em situações complexas.
Fortalecimento da base: relacionamento e engajamento autênticos
Por fim, reputação se faz também no diálogo, presencial ou virtual. Gosto de lembrar que, na OAB, ninguém vence campanha sozinho. O engajamento orgânico, resultado do relacionamento genuíno e da escuta ativa, é um diferencial. Na prática, isso se traduz em:
Reuniões presenciais com diferentes comissões e subseções;
Rodadas de conversas focadas em pluralidade e diversidade;
Participação ativa em eventos jurídicos locais;
Realização de pesquisas periódicas de satisfação e opinião;
Canal de comunicação direto e exclusivo para esclarecimento de dúvidas da categoria.
As estratégias para gerar engajamento nas eleições da OAB mostram que o sentimento de pertencimento gera defensores espontâneos e blinda contra tentativas externas de desgaste.
O papel das redes sociais na reputação eleitoral
As redes sociais, quando bem utilizadas, são poderosas aliadas da reputação. De acordo com um estudo publicado na revista Estudos em Comunicação, a credibilidade das informações em redes sociais ainda é questionada, mas elas se consolidaram como canais determinantes para a avaliação dos candidatos.
Em campanhas coordenadas por mim, já vivenciei episódios em que uma postagem estratégica foi suficiente para reverter percepções negativas. Porém, insisto: jamais se deve apostar em “viralizar” a qualquer custo. Na OAB, ética e compromisso institucional são inegociáveis.
Para potencializar resultados nas redes sociais, é preciso, na prática:
Adotar linguagem acessível sem perder o tom técnico;
Publicar conteúdos comprovados e fundamentados;
Responder e dialogar, jamais ignorar críticas construtivas;
Evitar ataques a adversários, mantendo postura de respeito;
Monitorar diariamente o que falam da chapa e antecipar movimentações;
Valorizar depoimentos de terceiros, especialmente de advogadas e advogados de prestígio.
Defendo também a integração de redes sociais com canais de comunicação direta, como WhatsApp e e-mail marketing, para engajar segmentos de público mais específicos em campanhas de microtargeting.
Como estruturar uma estratégia de reputação para 2026?
Ao planejar uma estratégia robusta de reputação para 2026, sigo um roteiro sequencial fundamentado em dados e nas demandas reais dos advogados e advogadas.
Diagnóstico situacional: Investigar, com auxílio de ferramentas e equipes dedicadas, como o nome da chapa/candidato é percebido internamente e externamente.
Mapeamento de pontos fortes e vulnerabilidades: Todo projeto revela áreas frágeis que precisam de atenção, seja nos relacionamentos, na comunicação ou na história de atuação pública.
Definição de posicionamento: Escolher uma narrativa coerente com a trajetória profissional e adaptada às características do eleitorado da OAB local.
Planejamento de conteúdo: Pensar em publicações diárias, semanais e mensais, estruturando um mix equilibrado entre informação técnica, vida institucional e humanização.
Formação de porta-vozes: Identificar figuras de credibilidade para defender publicamente a chapa ou o candidato.
Gestão de crises antecipatória: Desenvolver manuais e protocolos para respostas ágeis em cenários adversos.
A experiência da Communicare em consultoria de comunicação política comprova que a antecipação das etapas é determinante para o sucesso final do processo eleitoral na OAB.
Microtargeting: engajando públicos específicos
Uma tendência notável para 2026 é o microtargeting político, conceito que aplico cada vez mais na prática. Ao direcionar esforços para diferentes segmentos, jovens advogados, mulheres na advocacia, profissionais de áreas especializadas —, multiplicam-se os porta-vozes naturais da candidatura.
Na prática, atuo com disparos segmentados em grupos, uso de temas de interesse particular e construção de conteúdos sob demanda. O resultado é perceptível: cada público recebe atenção individualizada e passa a defender espontaneamente o projeto coletivo.
Medição de resultados e ajustes dinâmicos
Todas as estratégias que apresento demandam acompanhamento em tempo real: quantidade e qualidade das menções, variação de sentimento em relação à candidatura e análise dos feedbacks. Não basta montar o plano: é preciso ajustar, recalibrar e ousar, se o cenário pedir.
A reputação é viva, muda a cada passo, a cada palavra dita.
Na Communicare, faço questão de produzir relatórios semanais e mensais, usando indicadores de performance, enquetes online e entrevistas qualitativas com a base. Isso garante decisões embasadas, sempre em sintonia com a realidade do momento.
Como preparar sua candidatura para 2026?
Com base nas experiências acumuladas e práticas de mercado, compartilho recomendações para quem pretende se lançar candidato ou integrar uma chapa nas eleições da OAB:
Invista desde já no fortalecimento de sua imagem nos ambientes digitais e presenciais;
Construa relações autênticas com membros de comissões, subseções e lideranças;
Desenvolva narrativas coerentes, com foco em causas da advocacia;
Aposte em monitoramento adequado, criando alertas para menções e temas sensíveis;
Atualize-se constantemente sobre as tendências de comunicação eleitoral e institucional;
Valorize parcerias com profissionais experientes em gestão e comunicação;
Conte com equipes preparadas para agir em situações de crise e oportunidade.
Na Communicare, oferecemos consultoria, assessoria e planejamento estratégico personalizado, com metodologias já aplicadas nas principais campanhas do Brasil. Nosso compromisso é entregar soluções adaptadas ao universo específico da OAB, respeitando as singularidades éticas, jurídicas e regionais.
Decisões para o futuro: reputação é ativo de longo prazo
Quando penso em reputação nas eleições da OAB, vejo mais do que uma estratégia eleitoral: é um projeto de credibilidade que acompanha o profissional por toda a carreira. Ética, transparência, inovação e capacidade de relacionamento são os elementos que, ano após ano, diferenciam líderes institucionais duradouros dos projetos passageiros.
Não basta vencer a eleição. É preciso conquistar respeito e confiança, manter o diálogo com a base e inovar constantemente nos canais de comunicação. As tendências apontam para eleições cada vez mais digitalizadas, informadas por dados e exigentes quanto à postura ética.
Conclusão: reputação é investimento para a vida toda
Neste artigo, compartilhei práticas, dados e tendências para profissionais que pretendem disputar as eleições da OAB em 2026, seja encabeçando uma chapa, integrando equipes ou atuando nos bastidores. Vi ao longo dos anos que campanhas bem sucedidas se constroem ouvindo a base, praticando a transparência e cuidando, com zelo, de cada sinal emitido ao eleitorado.
Se você busca uma consultoria especializada e alinhada aos valores da advocacia, a Communicare está pronta para contribuir com a sua trajetória, oferecendo soluções sob medida, com seriedade, experiência e proximidade. Preencha o formulário no site da agência e amplie as chances de sucesso da sua candidatura ou mandato. Quero ajudar você a fortalecer sua reputação hoje para colher bons frutos amanhã.
Perguntas frequentes sobre gestão de reputação nas eleições da OAB
O que é gestão de reputação eleitoral?
Gestão de reputação eleitoral é o conjunto de ações e estratégias para construir, proteger e valorizar a imagem de candidatos ou chapas perante o eleitorado e demais públicos relevantes. No contexto da OAB, significa alinhar discursos, respostas e comportamentos, tanto no digital quanto presencial, investindo em transparência, monitoramento de imagem e prevenção de crises. O objetivo é garantir credibilidade, confiança e engajamento autêntico da base advocatícia.
Como a reputação impacta eleições na OAB?
A reputação é um dos principais fatores de decisão do eleitor na OAB. Uma boa reputação atrai apoios, facilita parcerias e reduz a força de ataques adversários. Já uma reputação fragilizada pode minar até as melhores propostas, afastar alianças importantes e prejudicar o desempenho da chapa. O comportamento do eleitor nesse contexto tem sido analisado em pesquisas, como as destacadas na Revista FAMECOS, mostrando que a percepção pública é cada vez mais relevante e potencializada pelos canais digitais.
Quais práticas ajudam na reputação em 2026?
Para fortalecer a reputação nas eleições da OAB em 2026, recomendo: adotar discursos coerentes com a trajetória, investir em presença digital qualificada, monitorar ativamente menções e tendências, formar porta-vozes respeitados, realizar pesquisas e escutas internas com a base, preparar respostas rápidas a crises e valorizar o relacionamento orgânico em todos os níveis da entidade. Cada prática deve ser adaptada à realidade local e executada com regularidade e autenticidade.
Vale a pena investir em gestão de reputação?
Com certeza. Investir em gestão de reputação é investir na sustentabilidade política do projeto e na carreira jurídica do candidato. Os resultados aparecem não só nas eleições, mas também no respeito institucional, na capacidade de unir equipes e na abertura para novas oportunidades. O valor agregado é percebido no médio e longo prazo, garantindo solidez à imagem pública e proteção em ambientes instáveis.
Onde encontrar especialistas em reputação eleitoral?
Especialistas em reputação eleitoral estão em consultorias, agências e equipes multidisciplinares de comunicação política. Como Diretor Executivo da Communicare, coloco à disposição nosso time para atendimento personalizado, oferecendo experiência comprovada em campanhas de conselhos profissionais, sindicatos e eleições institucionais como a da OAB. Fale com a equipe pelo formulário no site da agência e receba um diagnóstico inicial adaptado ao seu contexto e objetivos.




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