
Medo de investir antes da campanha? Veja como reduzir riscos
- João Pedro G. Reis

- há 19 horas
- 8 min de leitura
No cenário político brasileiro, investir em comunicação antes do período oficial de campanha eleitoral costuma gerar ansiedade. O receio de desperdiçar recursos, ferir a legislação ou apostar em iniciativas sem retorno leva muitos pré-candidatos, assessores e lideranças sindicais a paralisarem ações estratégicas no momento em que mais precisariam se posicionar. Será que esse medo faz sentido? E mais: existem maneiras seguras e financeiramente inteligentes de transformar o investimento antecipado em um ativo real, e não em fonte de frustração? Nós, da Communicare, acompanhamos essa dúvida diariamente e queremos compartilhar caminhos para superar esse bloqueio.
Por que o medo paralisa?
Se conversarmos com pré-candidatos que já passaram por ciclos eleitorais, a resposta se repete: o medo de se arriscar antes da campanha nasce do receio de que os recursos empregados não gerem resultado, saiam do controle ou sejam alvos de questionamentos jurídicos. É uma preocupação legítima, especialmente diante das regras rígidas do TSE e do potencial impacto de cada centavo gastos em fases onde nem tudo está permitido.
No entanto, como centro de referência em comunicação política e institucional, notamos que, muitas vezes, a paralisia custa mais caro do que o investimento planejado. É como ficar parado na largada enquanto os concorrentes já começam a correr.
O que está por trás desse receio?
Há algumas causas recorrentes para esse bloqueio:
Insegurança sobre o que pode ou não pode ser feito na pré-campanha. A legislação eleitoral define limites detalhados e, por vezes, confunde até profissionais experientes;
Falhas na distinção entre gastos estruturais e desperdícios. Muitos acreditam que qualquer ação fora do período oficial será dinheiro perdido;
Experiências negativas compartilhadas por colegas que investiram mal, geralmente por desconhecerem as boas práticas desse campo;
Falta de uma assessoria focada em cenários de baixo risco e alto resultado.
Vencer o medo não significa agir sem cautela, mas sim transformar a informação em estratégia.
A importância das ações antecipadas
Quem já leu relatos sobre investimento inteligente em comunicação antes da campanha sabe que os principais diferenciais de candidaturas vencedoras são construídos muito antes da largada oficial. Uma pesquisa do PoderData, por exemplo, mostrou que 39% dos eleitores buscam informações por conversas com amigos e familiares, 23% pela TV e apenas 15% pelas redes sociais (PoderData). Isso indica a importância de articular a reputação e a narrativa com antecedência, posicionando-se na memória do eleitor de vários modos.
Não por acaso, em estudos detalhados sobre popularidade de pré-candidatos nas eleições de 2022, analisados em estudo publicado no Brazilian Journal of Experimental Design, Data Analysis and Inferential Statistics, ficou claro que a presença constante nas mídias digitais e nas buscas do Google influencia progressivamente a percepção do eleitor. Quem começa cedo, planta sementes que florescem na campanha.
Como alinhar comunicação antecipada à legislação?
O medo jurídico é, possivelmente, o maior freio. Afinal, ninguém quer ser exemplo negativo no TSE ou ser pego numa irregularidade por falta de informação. Mas, a experiência da Communicare mostra que há uma série de iniciativas legais e seguras que constroem o caminho da vitória sem riscos desnecessários.
Veja alguns exemplos práticos que já orientamos em projetos reais:
Produção de conteúdo informativo institucional: usar canais oficiais, como sites e redes sociais, para educar a sociedade sobre temas da sua área, sem pedir votos ou divulgar número de urna;
Cumprimento rigoroso dos limites de impulsionamento e segmentação em redes sociais, conforme a orientação do TSE. Para saber o que é permitido, recomendamos a leitura sobre impulsionamento de conteúdo na pré-campanha;
Eventos comunitários, reuniões temáticas e visitas institucionais, registradas de maneira ética e transparente;
Campanhas de escuta e interação, com perguntas abertas à população sobre necessidades locais, usadas para mapear demandas sem configurar pedido de voto;
Mensuração contínua dos resultados para ajustar a estratégia, sem ações precipitadas.
O segredo é agir dentro da lei, comunicando propósito, trajetória e valores de forma inteligente.
A diferença entre desperdício e investimento estratégico
A linha é tênue e, muitas vezes, confunde até equipes experientes. Gastos desordenados, sem objetivo claro ou análise de resultados, são desperdício. Investir em estrutura, marca, equipe qualificada e bases legais sólidas é pré-requisito para crescer com solidez.
Um erro comum é alocar valores altos em ações pontuais, "testes" que não geram continuidade, ou comprar anúncios e assessorias sem mensurar eficiência. Um levantamento feito pelo Tribunal Superior Eleitoral apontou que, em 2022, 85,80% dos candidatos enviaram a primeira parcial da prestação de contas no prazo, detalhando cada centavo movimentado. Ou seja, a prestação de contas é cada vez mais rigorosa.
Como evitamos o desperdício em experiências reais?
Elaboração de cronogramas financeiros controlados desde a pré-campanha até as fases seguintes;
Análise criteriosa das prioridades (estrutura mínima, comunicação básica, presença digital) em vez de apostar em grandes eventos sem retorno mensurável;
Testes-piloto com baixo orçamento em ferramentas online, já orientando equipe e mensagem às regras do pleito;
Monitoramento diário das reações e alcance, já ajustando tom, mídia e frequência antes do período oficial;
Investimento em base de dados e ferramentas de relacionamento, que podem ser reaproveitadas legalmente durante a campanha.
Nenhum centavo deve ser aplicado sem propósito claro e expectativa de retorno controlada.
Exemplos de pré-candidatos que arriscaram certo
Já assessoramos diversos perfis de pré-candidatos que, mesmo com recursos limitados, conseguiram driblar riscos e se destacar antes do calendário oficial. Destacamos três casos comuns (preservando a identidade dos envolvidos por respeito à confidencialidade):
Vereador do interior paulista. Com orçamento restrito, priorizou vídeos semanais em redes sociais comentando projetos aprovados e desafios da cidade, sem citar eleição ou adversários. O alcance orgânico dobrou em menos de 4 meses, favorecendo o reconhecimento espontâneo em pesquisa local.
Liderança sindical do setor público. Investiu em e-mail marketing segmentado explicando direitos dos servidores, dúvidas previdenciárias e melhores práticas coletivas. Com isso, ampliou a base de apoio e trouxe 22% mais sindicalizados no ano pré-eleitoral. Nenhuma abordagem fora das regras.
Conselheiro profissional. Apostou em campanhas educativas sobre a importância do conselho para a sociedade, usando canais digitais e parcerias com entidades acadêmicas. O resultado foi aumento da procura pelo conselho e, no período eleitoral, mais confiança nas propostas apresentadas ao segmento.
Esses casos mostram que investir pouco, mas com foco, reduz riscos e posiciona o nome do pré-candidato sem esgotar recursos. A aplicação consistente, atenta à legislação e aos dados, faz toda a diferença.
Como controlar finanças e gerir riscos na pré-campanha?
O controle financeiro é o escudo contra sustos e desperdícios. Nossa estratégia inclui etapas de enfrentamento ao medo:
Definição de teto para gastos mês a mês, já considerando demandas obrigatórias e reservas para emergências;
Registro e separação criteriosa de despesas pessoais/institucionais e aquelas com claro caráter eleitoral;
Construção de planilhas eletrônicas de fácil atualização e acesso, integrando dados de fornecedores e formatos de pagamento;
Conferência com um contador de confiança para projetar possíveis impactos de cada despesa na prestação de contas futura;
Simulações periódicas de cenários, ajustando rotas sempre que a análise demonstrar baixos resultados.
Ao dar transparência, manter documentação e adotar uma lógica incremental (testes pequenos antes de ampliar apostas), o risco cai drasticamente. Não é questão de nunca errar, mas de reduzir o impacto de eventuais erros antes que eles comprometam a campanha oficial.
Estratégias seguras de impulsionamento e engajamento
Está cada vez mais clara a relevância do posicionamento digital antes da campanha. Um estudo publicado na revista Compolítica comprovou a relação entre patrocínio de conteúdo nas redes sociais da Meta e a votação de candidatos a deputado federal não eleitos no Paraná, em 2022 (revista Compolítica). Investigar qual o limite permitido e como mensurar o retorno é fundamental nesse cenário.
Na Communicare, desenvolvemos estratégias que alinham as regras do Tribunal Superior Eleitoral ao alcance das ferramentas digitais. Isso passa por práticas como:
Uso de impulsionamento segmentado apenas para divulgação institucional, sem menção a pedido de voto;
Implementação de monitoramentos de engajamento e resposta, identificando rapidamente postagens com melhor aceitação;
Integração de canais off-line e digitais, conectando comunicação boca a boca, encontros presenciais e ações online, como indica a ênfase dos eleitores em conversas informais na pesquisa do PoderData.
A ética, a inteligência de dados e a criatividade caminham juntas para minimizar riscos.
A importância da equipe desde a pré-campanha
Outro erro frequente em pré-campanhas é subestimar o papel de uma equipe especializada. A pressão por cortes pode resultar em sobrecarga, falhas de comunicação ou erros que seriam evitados com uma equipe mínima e bem treinada. Um artigo sobre impactos da falta de equipe na pré-campanha detalha como a ausência de profissionais preparados compromete resultados em qualquer cenário.
Planejar o investimento desde cedo permite distribuir funções, testar talentos e ajustar setores sem correria quando o prazo aperta. Assim, o candidato ou a entidade ganha estrutura, consistência e tranquilidade para focar nas questões de conteúdo e relacionamento.
Riscos de não investir: qual o verdadeiro perigo?
Poucos falam sobre o outro lado da moeda: não investir em comunicação prévia, no Brasil de 2024, é também uma atitude de risco. Uma análise publicada no UOL revelou que, nas principais capitais brasileiras, candidatos apadrinhados por grandes lideranças já largam na frente nas pesquisas (análise publicada no UOL) justamente porque estruturam sua pré-campanha bem antes do prazo. Além disso, esperar o período oficial da campanha pode trazer obstáculos quase intransponíveis, especialmente em realidades de alta concorrência e baixa visibilidade inicial.
O risco de invisibilidade ou de iniciar o trabalho tarde demais, sem base sólida ou narrativa construída, é tão sério quanto investir equivocadamente.
A diferença da Communicare: planejando, medindo e ajustando
Na Communicare, acreditamos que informação e planejamento vencem o medo e favorecem a inovação segura. Desenvolvemos rotinas para alinhar toda ação pré-campanha com legislação, orçamento e objetivos, já pensando nos ajustes necessários para evitar surpresas desagradáveis. Ao estimular a superação do medo de errar, ajudamos nossos clientes a colher resultados reais mesmo em contextos desafiadores.
Algumas dicas que pautam nosso trabalho:
Estabeleça metas curtas e mensuráveis para cada ação, sem prometer milagres em pouco tempo;
Evite grandes apostas em veículos ou formatos sem histórico e comprovação no segmento;
Centralize o acompanhamento dos dados em responsáveis com tempo e expertise para análises rápidas;
Invista em equipe – mas concentre no perfil multidisciplinar, ao menos nas fases iniciais;
Revise permanentemente o que funcionou e o que não funcionou, para aprender antes do "jogo oficial" começar.
Conclusão: investindo com coragem e inteligência
Chegando ao final dessa análise, defendemos que o medo de investir antes da campanha pode ser superado pela informação, planejamento e compromisso com a legalidade. Não se trata de lançar-se sem mapa, mas de apostar no fortalecimento da base, na criação de valor e na diferenciação contínua.
O segredo está em transformar o risco em oportunidade, sabendo medir, registrar e ajustar a cada passo, como fazemos cotidianamente na Communicare. E você, está preparado para construir uma história sem desperdício?
Se deseja planejar suas ações pré-campanha ou busca orientação personalizada, entre em contato conosco pelo formulário de atendimento. Vamos juntos criar uma jornada segura, inovadora e vencedora.
Perguntas frequentes
O que é risco ao investir antes da campanha?
Risco ao investir antes da campanha significa a possibilidade de gastar recursos sem retorno claro, de forma ilegal ou em ações que podem ser questionadas pela Justiça Eleitoral. Muitas vezes, esse risco nasce da falta de informações sobre o que pode e o que não pode ser feito na pré-campanha. Porém, quando mapeado corretamente, ele pode ser controlado com planejamento, monitoramento e assessoria especializada.
Como proteger meu dinheiro nesse período?
O controle do orçamento, o registro detalhado das despesas e a escolha de estratégias de baixo custo e alto impacto são as principais formas de proteger seus investimentos na pré-campanha. Também é importante contar com planilhas, documentação organizada e, se possível, aconselhamento de um contador com experiência eleitoral. Dessa maneira, cada ação é planejada pensando no retorno e na legalidade.
Vale a pena investir antes da campanha?
Sim, vale a pena investir antes da campanha, desde que as ações estejam alinhadas à legislação, ao objetivo e ao orçamento. Investimentos antecipados bem conduzidos ajudam a construir reputação, engajar base e posicionar o nome do pré-candidato com vantagem competitiva. O segredo é não confundir investimento estratégico com desperdício, seguindo exemplos de sucesso e utilizando ferramentas de mensuração.
Quais estratégias reduzem riscos nos investimentos?
Algumas estratégias recomendadas são: iniciar por campanhas institucionais, produzir conteúdo educativo, realizar testes-piloto em mídias digitais com orçamento controlado e monitorar resultados diariamente. Além disso, investir em equipe, consultar especialistas e revisar periodicamente o planejamento são atitudes que minimizam imprevistos e aumentam a segurança de cada movimento.
Onde encontrar dicas seguras para investir?
Dicas seguras sobre investimento em comunicação pré-campanha podem ser encontradas em portais especializados, artigos sobre estratégias de comunicação eficaz e com assessorias que tenham experiência comprovada no segmento, como a Communicare. Se precisar de uma avaliação personalizada e alinhada às regras brasileiras, fale conosco pelo formulário de contato e tire suas dúvidas.




Comentários